Demonstrando total desrespeito ao funcionalismo, o Banco do Brasil anunciou em reunião com os representantes dos funcionários na Mesa de negociação que cerca de 900 caixas perderão a gratificação a partir do mês de fevereiro. Isso significa um corte de cerca de 30% na remuneração de pessoas que estão na base da pirâmide do funcionalismo.
Desde 2021, o movimento sindical tem atuado para proteger os direitos dos caixas. Naquele ano, o BB anunciou a extinção da gratificação, mas a Contraf-CUT ingressou com uma ação na Justiça para garantir a manutenção dos salários. Já em 2024, durante a Campanha Nacional, o banco se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas. Foi acordado que o banco criaria vagas de assistentes com priorização para esse segmento na própria praça.
Logo que o banco anunciou a reestruturação o movimento sindical constatou que as vagas criadas não seriam suficientes. Houve mobilização da categoria com atos em todo o Brasil o que provocou o banco a chamar para uma reunião. Nessa reunião acontecida no dia 22 de janeiro, os representantes Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) expuseram a indignação da categoria e reivindicou mais vagas para atender à demanda dos caixas. Os negociadores do BB levaram nossas demandas para o Conselho Diretor e ficaram de dar resposta até o dia 31 de janeiro, data limite para a permanência da gratificação para todos os caixas executivos.
Na última sexta-feira de janeiro o banco chamou para uma reunião a CEBB e apresentou alguns avanços mas se mostrou irredutível em criar as vagas na própria praça do caixa que estava perdendo a gratificação. O banco usa a falácia de que existem vagas para todos e todas que queiram concorrer. Mas essas vagas muitas vezes estão a centenas de quilômetros da agência atual do funcionário e da funcionária que está perdendo sua função.
“ A ganância, o lucro acima de tudo, o desrespeito ao funcionalismo, o assédio, a pressão por metas absurdas é a tônica imposta por quem comanda a área de varejo do BB. São pessoas que estão nessa área desde 2016, ano da virada de chave do BB.”
A Contraf-CUT enviou um ofício ao BB cobrando a manutenção dos salários desses trabalhadores até que consigam se realocar. Além disso, o movimento sindical tem reivindicado mais transparência no processo de realocação.
Com informações do SEEB BH