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O Sindicato

Quem somos

O Sindicato dos Bancários de Uberaba e região, criado para defender e promover a categoria bancária, teve seu reconhecimento oficial em 23 de abril de 1937. A entidade tornou-se o fiel escudeiro da categoria no dia-a-dia dos bancários, nas questões sociais e de cidadania. Seguindo seu estatuto social, periodicamente há eleição para a diretoria da entidade a partir de chapas formadas pelos trabalhadores bancários da base.

Desde a sua criação, foram eleitas diversas diretorias da entidade, muitas ações e conquistas desenvolvidas ao longo de quase uma centena de anos. Suas primeiras gestões foram montadas em parceria com o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários – IAPB.

A sede social e a Ditadura Militar

A sede do Sindicato dos Bancários foi construída durante os anos 50 e inaugurada oficialmente no ano de 1959, situado na rua Governador Valadares, 450 – Centro de Uberaba. O prédio abrigava o Sindicato dos Bancários e o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários, época em que cada categoria de trabalhadores tinha uma previdência própria. Na época da criação, a parceria era tão certa que o mesmo presidente do IAPB ocupava também o cargo de presidente do Sindicato dos Bancários. Sem vislumbrar o que viria a seguir na história do Brasil, as instituições não dividiram o imóvel no papel.

Quando o Brasil sofreu o golpe militar em 1964, que derrubou o presidente eleito João Goulart, o sindicato dos Bancários – como toda instituição sindical – foi uma das principais vítimas do governo ditatorial. Os governos militares destituíram os diretores e extinguiu os Institutos de Previdência. De uma só vez também, arrastou todos os imóveis para o então criado INPS e hoje o INSS.

Diante do momento de profunda repressão, o sindicato aceitou pagar um aluguel de baixo valor para o INSS, mantendo-se no prédio também após este período. O imóvel é o primeiro andar do prédio, constituído de salas de uso da diretoria social da entidade e um salão de eventos. Durante décadas, a categoria usufruiu do espaço de várias formas. Na sede do sindicato já funcionou salão de barbearia, consultórios dentários, salão de jogos e lazer, além de biblioteca e uma importante cooperativa de alimentos da própria categoria. Este espaço atendeu festivamente também à comunidade durante anos. Nas últimas décadas, o salão tornou-se importante centro de decisões de uso das diversas categorias organizadas de trabalhadores da região.

Filiação à CUT e à guinada para a cidadania

Nos anos 90, nova diretoria eleita para o Sindicato dos Bancários priorizou como desafio, a filiação do Sindicato à Central Única dos Trabalhadores. A partir desta década, a vocação do sindicato foi ampliada para causas da cidadania, respondendo à totalidade da vida dos bancários. O sindicato então passou a ser visto como mais combativo pela sociedade e aos poucos foi imprimindo nova marca no seu modelo de atuação sindical. Desde 1990, por exemplo, o sindicato mantém um departamento de comunicação com boletins periódicos. Chegou a montar programas de rádio e teve iniciativas para manter uma rádio comunitária.

No campo judiciário, o sindicato reorganizou seu departamento jurídico para defender melhor os bancários em ações judiciais e coletivas.

Durante as últimas décadas, o sindicato foi intransigente na luta e mobilização contra a privatização dos bancos estaduais com sede na cidade, especialmente do Bemge, Credireal, Banespa e Banestado. Além de ser o primeiro a combater na região as ações e ideias que surgem periodicamente sobre a venda da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Também participou de diversas campanhas de cidadania e fortaleceu as ações pela categoria bancária. Chegou a criar inclusive uma cooperativa de crédito que atendeu durante anos os bancários da região.

Teve participação ativa na reestruturação da (hoje) Federação dos Trabalhadores das Instituições Financeiras de Minas Gerais (Fetrafi) e na estruturação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Instituições Financeiras (Contraf-CUT).

Conquistas históricas da categoria bancária

Das dezenas de conquistas históricas que poderiam ser citadas, destacamos algumas de interesse geral dos trabalhadores:

JORNADA DE SEIS HORAS – A grande conquista nacional da categoria em 1933. Veio após muita pressão e denúncias. O pagamento das horas extras saiu em 1957 e o fim do trabalho aos sábados em 1963

AUXÍLIO – CRECHE – Foi fruto da greve de 1986 com ampliação nas campanhas seguintes

TÍQUETE REFEIÇÃO – Resultado da Campanha salarial de 1990

PRIMEIRA CONVENÇÃO COLETIVA NACIONAL – A partir de 1992, os bancários foram os primeiros a ter um acordo único valendo para todo o país.

CESTA ALIMENTAÇÃO – Permitiu aos bancários comprar produtos alimentícios de sua escolha. Foi conquista da campanha salarial de 1994.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – Pela primeira vez, os bancários passaram a ter acesso também ao lucro da empresa. Fruto da campanha salarial de 1995.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES – Inovação nas questões de combate à discriminação e garantia de direitos iguais a todos, chegou no acordo de 2000.

13º CESTA ALIMENTAÇÃO – Conquista da categoria em 2007

VALE CULTURA – A primeira categoria nacional a ter acesso ao benefício a partir de 2014.