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FUNCIONÁRIOS DO BMB APROVAM PAUTA DE REIVINDICAÇÕES E PLANO DE LUTA

Bancárias e bancários do Mercantil do Brasil aprovaram uma pauta de reinvidicações específicas e um plano de lutas, nesta quinta (26), durante seu Encontro Nacional. O evento híbrido, com participantes presenciais e de forma remota, ocorreu na sede da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) em Belo Horizonte.

Na abertura, o presidente do Sindicato, Ramon Peres, afirmou que os encontros de bancários reforçam a organização da categoria, que vem assegurando conquistas há décadas.

“Esses Encontros Nacionais têm, também, a importância de definir uma estratégia para a nossa Campanha Nacional, que vai ser dura e ocorrer em uma conjuntura em que não há muita definição política e econômica no país. Mas temos total condição de fazer este enfrentamento na defesa das bancárias e dos bancários”, destacou.

REIVINDICAÇÕES

No Encontro, foi construída uma minuta de reinvindicações, que deverá ser entregue à direção do Mercantil do Brasil, com os tópicos: PLR mais justa e igualitária, contratação de mais funcionários e fim da extrapolação da jornada, fim da alta rotatividade, implementação de planos de carreira, cargos e salários, fim das metas abusivas, fim do assédio moral e da violência organizacional, extensão dos programas de vacinação, segurança bancária, manutenção do auxílio educacional 2022, dentre outros.

ANÁLISE DE CONJUNTURA E SISTEMA FINANCEIRO

Durante o Encontro, Catia Uehara, economista e técnica do Dieese, falou sobre o atual cenário econômico do Brasil, com juros altos, inflação e desemprego. Mesmo assim, apenas no primeiro trimestre de 2022, os bancos somaram lucro de R$ 28 bilhões. Ao mesmo tempo, se vê a redução no número de agências e de postos de trabalho bancários. Veja aqui a apresentação.

A economista apresentou, ainda, dados dos balanços do Mercantil do Brasil. Destacam-se o lucro recorde de R$ 184,5 milhões, em 2021, e a queda de 8% no lucro do primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o diretor do Sindicato e coordenador da COE/BMB, Marco Aurélio Alves, os números apresentados pelo Dieese sobre a alta rotatividade, de 24% no banco, atestam que o Mercantil se utiliza dessa fria estratégia para demitir funcionários com mais tempo de casa e maiores salários e contratar trabalhadores com menores remunerações, reduzindo assim o valor da folha de pagamento.

“Exigimos respeito e valorização dos funcionários do Mercantil do Brasil. Não somos apenas números, somos humanos que entregamos o resultado e contribuímos com crescimento do banco. Neste sentido, nossa campanha salarial é primordial para a manutenção dos direitos e para mostrarmos a força da categoria bancária. Só a luta nos garante!”, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

Fonte: Contraf-CUT

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