Presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e Região afirma que qualquer situação semelhante deve ter acompanhamento
Assédio psicológico de funcionário do Banco do Brasil foi comprovado depois de diversos laudos médicos, tanto de uma parte como de outra, bem como de Perícia Médica realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Procurado, o Sindicato dos Bancários de Uberaba e Região acompanhou desde o início todo o processo, dando suporte jurídico ao bancário, emitindo a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). “Quem sofrer assédio deve entrar em contato imediato com o Sindicato, e seguir fielmente as orientações do nosso jurídico”, alerta o presidente do Sindicato, Diego Bunazar.
Ele lembra que na ocasião dos fatos ocorridos, no ano de 2018, ficou claro o assédio, já que em mais de 31 anos de trabalho no banco, o funcionário nunca foi repreendido, pois tinha currículo exemplar, com cursos de qualificação técnica na bagagem, além de ter exercido três funções qualificadas, possuindo a certificação CPA-20, essencial para o exercício dos cargos de gerência comercial do BB. Além disto, desde maio de 2010 ele exercia o cargo de Assistente de Negócios da maior carteira de agronegócio. Inclusive sendo uma das maiores da cidade e região.
O processo acatado em 1ª instância pelo Juiz do Trabalho, comprova que em 2018 o funcionário passou a ser perseguido após fazer reclamações para o Superintendente Regional sobre as condições de trabalho. A partir daí ele foi colocado para realizar atividades “incompatíveis” com a função de assistente de negócios. Entre o final deste ano e começo de 2019, o bancário ainda acumulou atividades de autoatendimento com serviço de alta complexidade, enquanto assistente de negócios, causando-lhe sobrecarga. E, segundo o processo, depois de afastá-lo das funções que ele estava preparado para assumir, ele foi ainda transferido, quando foi colocado para atender telefone/chat.
Depois deste episódio, começaram então os problemas de saúde, quando o funcionário passou muito mal, com surto de hipertensão. Foi então que ele pediu atendimento na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), e posteriormente procurou neurologista e psiquiatra, quando foi afastado. “Todos estes episódios, que são muitos para serem citados aqui, acabou precocemente com sua carreira, com pedido de demissão em plano de demissão voluntária, pela sua incapacidade em retornar ao trabalho”, pontua o líder sindical, frisando que, qualquer bancário ou bancária que viva este tipo de situação deve imediatamente procurar o sindicato para ter acompanhamento. “Não podemos permitir este tipo de atitude por parte de quem quer que seja. Estamos atentos sempre”, conclui.