A pressão dos trabalhadores contra a reforma da Previdência, com uma paralisação nacional anunciada para o dia 5, rendeu resultado! A votação da PEC 287, prevista para 6 de dezembro na Câmara dos Deputados, foi adiada. O dia 5 então foi transformado em dia nacional de protestos.
Mesmo gastando cerca de R$ 171 milhões em propaganda, além dos custos com jantares e os bilhões em liberação de recursos em emendas para convencer parlamentares, o governo Temer ainda não conseguiu a quantidade de votos favoráveis necessários (308 dos 513 deputados federais) para aprovar o fim dos direitos da aposentaria. Mas a reforma pode voltar à pauta do Congresso Nacional entre os dias 11 e 15.
Em Uberaba, os bancários participaram de atividades promovidas pelo Fórum dos Trabalhadores de Uberaba, realizado no Calçadão da rua Artur Machado.
Temer parte para ameças
Assim Integrantes da executiva nacional de vários partidos estão discutindo nesta terça-feira 5 as estratégias do Palácio do Planalto para fazer com que as bancadas aliadas apoiem a reforma da Previdência. A notícia que mais tem sido comentada na Câmara e no Senado é que, diante da incapacidade de fazer novas propostas para liberação de emendas e cargos no governo, o Executivo vem conversando com os presidentes das siglas, o que pode implicar, para os infiéis, em desvantagens como redução no horário eleitoral e menos recursos por parte do fundo partidário nas eleições de 2018.
Além disso, se o acordo for fechado, o Planalto passará a estabelecer favores e diretrizes para os partidos e não para os parlamentares em si. Mas essa responsabilidade não está sendo vista com bons olhos nem mesmo por integrantes da base do governo.
A proposta, que teria saído do presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, no último fim de semana, deixou irritados na manhã desta terça vários parlamentares e foi desconversada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Os apoios à reforma da Previdência ainda estão sendo discutidos, tudo está em fase de análise. Não há uma definição e não sabemos se será possível colocar a proposta em votação no dia 13”, disse Maia, tentando mudar de assunto.