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SINDICATOS CONQUISTAM PAGAMENTO PARA DEMITIDOS DO ITAÚ

Em mediação com o Itaú no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), realizada na tarde desta segunda-feira (6), os sindicatos conquistaram através da Comissão de Organização dos Empregados (COE) uma proposta de acordo que prevê pagamento para os bancários impactados pela demissão em massa promovida pelo banco em 8 de setembro. Na época, mais de mil trabalhadores em regime de home office ou híbrido foram atingidos.

A mobilização dos trabalhadores garantiu conquistas importantes: pagamento de até 10 salários adicionais, valor fixo de R$ 9 mil, 13ª cesta-alimentação e manutenção da taxa diferenciada de financiamento imobiliário (veja detalhes abaixo). A proposta precisa ser aprovada em assembleia.

O Itaú também se comprometeu a não encerrar o modelo de teletrabalho no banco.

Desde a demissão em massa, o movimento sindical denunciou que os trabalhadores não tinham conhecimento do monitoramento e de seus critérios; não receberam feedback prévio; as especificidades de cada área não foram consideradas; bancários promovidos e premiados foram demitidos; não houve comunicação prévia aos sindicato, em desrespeito ao processo negocial; e os demitidos foram expostos de forma vexatória.

Para buscar uma solução negocial e garantir resposta efetiva às demissões, a COE Itaú atuou em várias frentes: reuniões diretas com o banco, intermediação da Fenaban (federação dos bancos) e, diante da resistência do Itaú, recorreu ao TRT solicitando mediação, com audiências realizadas nos dias 1, 3 e 6 de outubro.

“Após um mês desde a demissão em massa promovida pelo Itaú, conquistamos uma proposta que avaliamos como positiva para os bancários demitidos, que será avaliada em assembleia. Ainda assim, reafirmamos nossa indignação e repúdio em relação à demissão em massa e à forma como foi conduzida pelo Itaú. Reforçamos também que a mobilização em torno do futuro do home office, da privacidade e da transparência nas ferramentas de monitoramento seguirá até que os bancários, não só do Itaú, tenham seus direitos assegurados”, afirmou Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Para a gente, a proposta que sai daqui é muito importante. O banco errou e estamos aqui para atender esses trabalhadores, principalmente quem tinha estabilidade. O Itaú vai voltar atrás no caso de gestantes e, no caso dos adoecidos, o banco se comprometeu a analisar individualmente. Saímos daqui vitoriosos. Queríamos, sim, a reintegração. Não conseguimos, mas, na medida do possível, os trabalhadores terão o reconhecimento de tudo o que aconteceu”, acrescentou a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Itaú, Valeska Pincovai.

Confira a proposta

Para bancários com até 23 meses de banco:

  • Piso de 4 salários;
  • Valor fixo de R$ 9 mil;
  • 13ª cesta-alimentação.

Para bancários com 24 meses ou mais de banco:

  • Piso de 6 salários;
  • ½ salário por ano trabalhado (teto de 10 salários);
  • Valor fixo de R$ 9 mil;
  • 13ª cesta-alimentação.

Em ambos os grupos: bancários com financiamento imobiliário junto ao Itaú terão mantidas as condições diferenciadas.

Condições: a proposta precisa ser aprovada em assembleia. A adesão é individual, com assistência do sindicato, e implica quitação total do contrato de trabalho. O prazo para adesão é de até 6 meses.

Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo

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