O “Seminário da reforma antitrabalhista e resistências” realizado pelo Sindicato dos Bancários de Uberaba e Central Única dos Trabalhadores (CUT MG) revelou a política de desmonte da cidadania em curso no Brasil. O cenário é de aprofundamento da desigualdade social.
Para o economista do Dieese Frederico Melo, a elite está aproveitando o momento do pós-golpe de Estado pare redefinir o país. Está preparando empresas e bancos para privatização. Além de fazer modificações do seu interesse nos mais diversos campos.
São três os pilares de grandes mudanças: o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos para rebaixar o patamar de direitos da população e deixar sobras de dinheiro para pagar possuidores de títulos da dívida pública brasileira; a reforma da previdência, que foi barrada pelos professores e trabalhadores do país até o momento; e a reforma antitrabalhista.
A professora Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT MG, avalia que o governo destruiu em três meses os 70 anos de um patamar mínimo das relações de trabalho previstas na CLT. Tendo a mídia não só apoiado á mudança, mas bloqueado o debate sobre o tema.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Reginaldo Palhares, agradeceu as cerca de 100 pessoas presentes no evento e conclamou a união de todos para as lutas e mobilizações necessárias contra as reformas em curso.
Além de bancários de diversas agências, lideranças de vários segmentos profissionais de Uberaba, Uberlândia e Conceição das Alagoas participaram dos debates. A presidente da CUT MG, Beatriz Cerqueira e o economista Frederico Melo explicitaram a conjuntura e os objetivos de implantação da reforma, os detalhes das modificações nas relações de trabalho e seus desdobramentos na prática trabalhista. Além dos mecanismos de resistência necessários às mudanças.
Anízio Bragança Júnior