A representação dos empregados da Caixa Econômica Federal conquistou avanços nas negociações com o banco na última quinta-feira (9) sobre a renovação do acordo coletivo específico do Saúde Caixa. A Caixa se recusou a assumir todas as despesas administrativas, conforme reivindicado pelos representantes dos empregados na reunião passada. Alegou, para isso, impedimento devido a restrições estatutárias. Mas concordou em incorporar toda a despesa de pessoal, retroagindo a 2021.
As rodadas, realizadas entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa com os representantes do banco, foram retomadas após as mobilizações do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa.
Outro importante avanço conquistado na reunião foi o compromisso da Caixa em repassar, a cada seis meses, as informações financeiras e atuariais do plano, para que os empregados e suas entidades representativas possam acompanhar de forma mais permanente e consistente. “Com isso, as negociações sinalizaram positivamente sobre o futuro do plano para 2024”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ao ressaltar a importância dos avanços conquistados.
MANUTENÇÃO DAS PREMISSAS
Durante a negociação, os representantes dos empregados pontuaram que o processo de fechamento do acordo específico passa por medidas que não comprometam a renda dos beneficiários e tampouco torne inviável o uso do Saúde Caixa para todos. Para a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Proscholdt, a solução de equilíbrio para 2024 não pode culminar em comprometer a renda dos titulares. “Nosso debate passa prioritariamente pela viabilidade do plano para todos e também pela melhoria da qualidade e acesso” disse.
Para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio, os representantes do banco apresentaram diversas simulações, enquanto a representação dos empregados solicitou outras e mais condizentes com a mobilização nacional pela existência do Saúde Caixa sustentável e financeiramente viável para todos os trabalhadores do banco.
Houve a sinalização também para, a partir do próximo ano, ser debatida a revisão do estatuto do banco. A representação dos trabalhadores considera fundamental, para o processo de reconstrução democrática do Brasil, o debate sobre a importância do patrimônio público e de seu papel estratégico para o desenvolvimento e a soberania nacional.
NOVAS NEGOCIAÇÕES
É fundamental que os trabalhadores fiquem atentos e mobilizados até que seja renovado o ACT sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano. A próxima reunião foi agendada para quinta-feira da próxima semana, dia 16 de novembro.
Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT