O Santander divulgou lucro de R$ 3,466 bilhões nos primeiros seis meses do ano, crescimento de 4,8% em 12 meses e de 8,8% do primeiro para o segundo trimestre. Mesmo assim, o banco fechou 1.368 postos de trabalho em 12 meses. Destes, 1.265 empregos foram extintos apenas nos últimos três meses. Os Sindicatos, ao lado dos bancários, cobram avanços no Acordo Aditivo e fim das demissões.
Para Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e representante da entidade na Comissão de Organização dos Empregados, os resultados do balanço demonstram que o Santander tem plenas condições de atender às reivindicações que estão sendo colocadas por seus empregados mas, ao contrário disso, vem apresentando uma postura intransigente e desrespeitosa.
“O banco teve um bom desempenho, mas no lugar de contratar mais e melhorar as condições de trabalho, demite e reduz postos de trabalho. Ao mesmo tempo, o Santander se nega a apresentar proposta para o Acordo Aditivo ao Contrato Coletivo de Trabalho, o que tem causado revolta e indignação. O banco não reconhece que são os funcionários, com seu trabalho, que constroem o lucro que o banco apresenta” afirma.
Segundo a análise feita pelo Dieese, outro dado, que chama a atenção para o bom desempenho do Santander, é que a receita com prestação de serviços mais tarifas bancárias cresceu 11,9% em doze meses e passou a cobrir as despesas de pessoal em 152,33%. As despesas com pessoal cresceram 11%.