A federação dos bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários na sexta-feira 9, quarto dia de greve nacional da categoria, e apresentou proposta de 7% de reajuste mais R$ 3.300 de abono.
Os representantes dos trabalhadores rejeitaram na mesa o índice rebaixado – que representa perda salarial de 2,39% à inflação de 9,62% (INPC) –, reforçando que não aceitarão que os bancos levem a categoria de volta à década de 1990. À época, essa política de reajuste abaixo da inflação com abono salarial provocou enormes perdas para a categoria.
“Voltamos a dizer: não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para bancário. A greve tem de crescer para que a gente conquiste um bom acordo”, afirma a presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira.
Nova rodada – Diante da recusa do Comando, uma nova rodada de negociação foi marcada para terça-feira 13, às 14h, em São Paulo.
“Já avisamos que esse modelo que traz perdas para os trabalhadores não será aceito. A Fenaban precisa convencer os bancos a pagar aos seus funcionários um justo reajuste salarial. Também queremos que na terça-feira tragam resposta para outras reivindicações fundamentais para a categoria, como a proteção aos empregos, mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho, melhores condições de trabalho, auxílio-creche maior, vale-refeição na licença-maternidade”, relata Juvandia, uma das coordenadoras do Comando.
BB e Caixa – O Comando também está cobrando a retomada das negociações e resposta para as reivindicações específicas dos bancos públicos.