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RABALHADORES APONTAM COMO SERIA A FRAUDE EM AÇÃO CONTRA O SANTANDER

A ação civil pública movida pelo Ministério Público e o Sindicato dos Bancários de São Paulo que pode condenar o Santander é integrada por dezenas de depoimentos de trabalhadores.

Uma empregada relata, por exemplo, que foi contratada pela Double e Talento para trabalhar no Santander, no departamento contas a pagar.

Relatou que exercia a função de analista financeiro e era subordinada diretamente aos superintendentes do Santander, os quais, dentre outros poderes diretivos, estipulavam metas de produtividade, e faziam cobranças diárias quando as metas não eram atingidas, e que havia colegas empregados do próprio banco executando as mesmas tarefas, e que eram cobrados da mesma forma que ela.

Outra trabalhadora contratada em fevereiro de 2011 pela Double e Talento afirmou ter prestado serviços no próprio prédio do Santander, no setor Gestão de Controle de Pagamentos.

Informou que a Double e Talento não exercia nenhum controle diretivo sobre ela, sendo este controle realizado por supervisores do próprio Santander.

Declarou que participava de reuniões mensais em que eram estipuladas novas metas e que havia no setor tanto trabalhadores terceirizados como efetivos, sendo que os terceirizados recebiam salários e benefícios menores, apesar de exercerem igual função, com igual produtividade.

TERCEIRIZADOS TRABALHAM MAIS E GANHAM MENOS

Segundo outro depoimento que consta na ação civil pública, uma empregada demitida pelo Santander foi aconselhada pelo supervisor a procurar a empresa Tivit, que a contratou imediatamente para exercer o mesmo serviço para o Santander.

Declarou que trabalhando na Tivit teve redução considerável de sua remuneração, e sua jornada foi aumentada de seis para oito horas.

Além disso, afirmou que os empregados da Tivit eram submetidos a situações vexatórias, pois tinham que que pedir autorização para ir ao banheiro ou almoçar, o que, muitas vezes, não era concedido.

A trabalhadora mencionou o constante estresse sofrido pelos empregados da Tivit por não receberem o treinamento adequado.

Estudo feito pela CUT e pelo Dieese, com base nos dados da Rais, mostra que o terceirizado ganha, em média, 24,7% a menos que o empregado direto, tem carga horária 7,5% maior, permanece menos da metade do tempo do trabalhador direto no emprego e fica mais suscetível a acidentes de trabalho, visto que a cada dez acidentados, oito são funcionários indiretos.

Veja o vídeo completo: https://youtu.be/E6-m6w6fGBc

Fonte: Bancários SP

TAGS: #SANTANDER

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