O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu tirar da pauta a Medida Provisória (MP) 905, a “bolsa patrão” que trata do contrato de trabalho “verde e amarelo”. Foi uma vitória da oposição e dos movimentos sociais, que pressionavam para que a proposta não entrasse em votação e organizaram a campanha “#CaducaMP905” nas redes sociais. Se não for votada até a próxima segunda (20), a MP perde a validade. Alcolumbre disse ainda que não garante a votação nem na própria segunda.
Na sessão de hoje, alguns partidos apresentaram questão de ordem contra a votação do projeto, onde foi aprovada na câmara na terça (14). Líderes partidários argumentaram que a matéria não tem relação com o momento de pandemia.
MINI REFORMA TRABALHISTA
“Essa MP é, na verdade, o aprofundamento da reforma trabalhista. É mais uma tentativa do governo retirar direitos dos trabalhadores. Isso vai na contramão do que estamos vendo no mundo inteiro, com os governos garantindo renda e a subsistência de todos aqueles que não têm como se manter neste período de pandemia e isolamento social”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, destacou a importância da atuação do movimento sindical neste processo. “Por enquanto, conseguimos barrar, a votação da famigerada MP 905, que destrói conquistas históricas dos bancários e dos trabalhadores em geral”, afirmou. “Vamos continuar pressionando os senadores para que não entre na pauta na segunda, dia 20, e perca validade” Os trabalhadores também podem ajudar a exercer pressão. Envie mensagens para os senadores de nosso estado:
Antonio Anastasia (PSD/MG)
Telefone: (61) 3303-5717
E-mail: sen.antonioanastasia@senado.leg.br
Carlos Viana (PSD/MG)
Telefone: (61) 3303-3100
E-mail: sen.carlosviana@senado.leg.br
Rodrigo Pacheco (DEM/MG)
Telefone: (61) 3303-2794 / 2795
E-mail: sen.rodrigopacheco@senado.leg.br
MEDIDA É DURO GOLPE CONTRA OS BANCÁRIOS
Para os bancários, a aprovação da MP significa um grande retrocesso, porque ela acaba com a jornada de 6 horas e impõe o trabalho aos sábados e feriados.
Fonte: Rede Brasil Atual e ContrafCUT