A taxa de afastamentos para tratamento de saúde em decorrência de acidentes de trabalho, ou doenças profissionais das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal (6,2) é mais de três vezes maior do que a taxa geral do mercado de trabalho (2,0), segundo dados do INSS.
“Isso quer dizer que a cada mil empregados, 6,2 se afastaram por causa de acidente de trabalho, ou por doença profissional. Este número é muito alto e indica que há alguma coisa na Caixa que afeta demasiadamente o cotidiano de trabalho, a ponto de adoecer as empregadas e empregados do banco muito mais do que a média geral dos trabalhadores”, explicou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.
“Queremos que o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) deixe de ser apenas um exame no qual a saúde da empregada e do empregado é avaliada e, como definido na norma regulamentadora número 7 (NR7), seja uma ferramenta para preservar a saúde, com avaliação do ambiente de trabalho e dos riscos que este têm para a saúde dos trabalhadores”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.
“Se a média de adoecimento profissional na Caixa é mais elevada do que a média geral, este é um sinal de que há algum problema que causa o adoecimento dos colegas”, completou a diretora.
Este é apenas um dos temas que serão tratados na reunião entre a CEE e a Caixa para negociar a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco, que acontecerá nesta sexta (25). Mas a cereja do bolo deve ser o plano de saúde do pessoal do banco, o Saúde Caixa, devido aos inúmeros problemas que o envolvem, desde o atendimento precário devido à falta de médicos na rede credenciada em localidades mais afastadas dos grandes centros do país, à manutenção do custeio do plano.
Fonte: Contraf-CUT