Há 32 anos, o dia 21 de setembro foi instituído como o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (PcD), uma data que simboliza a constante busca por acessibilidade, emprego, educação e, sobretudo, respeito às diferenças. Segundo dados do IBGE, 34% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, enfrentando desafios diários em uma sociedade que ainda precisa avançar na inclusão.
A data, que foi oficializada em 14 de julho de 2005 pela Lei Federal nº 11.133, é resultado da luta e mobilização do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). O dia 21 de setembro foi escolhido por sua proximidade com a primavera e o Dia da Árvore, representando o nascimento das reivindicações por cidadania e participação plena em igualdade de condições.
Desde então, a data é celebrada anualmente em todos os estados do Brasil, servindo como um momento de reflexão e de incentivo à sensibilização por mais inclusão social. Os direitos das pessoas com deficiência são garantidos pela Constituição Federal de 1988, e o Brasil se destaca por ter uma das legislações mais avançadas do mundo nessa área.
Neste ano, a categoria bancária tem um motivo especial para comemorar a data voltada para o reconhecimento e reivindicação de direitos aos PcD: o resultado da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que incluiu na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que esses trabalhadores possam atender suas necessidades sem enfrentar prejuízos financeiros ou profissionais.
“O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é mais uma oportunidade para fortalecer essa caminhada, relembrando as conquistas e buscando sempre novos caminhos para garantir o respeito e a igualdade de todos os cidadãos”, destaca a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, “Tivemos, sem dúvida, alguns avanços importantes, frutos de muita luta. No entanto, ainda há muito, muito mesmo a se fazer quando falamos sobre as pessoas com deficiência. Precisamos criar condições acessíveis e dignas para esse público, desde garantir empregos decentes até proporcionar capacitação e oportunidades reais de ascensão dentro das empresas. Essas são questões centrais da nossa luta e esperamos poder continuar avançando, sempre com o objetivo de construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, completa.
Maria Cleide Queiroz, coordenadora do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras com Deficiência da CUT, acredita que “a luta em defesa dos direitos e por mais conquistas é permanente, e seguiremos na perspectiva de dias melhores, buscando que a real inclusão das pessoas com deficiência aconteça em todas as esferas da sociedade e na garantia dos direitos humanos.”
Fonte: Contraf-CUT