O movimento sindical bancário volta suas atenções para a manutenção do emprego e para a garantia dos direitos trabalhistas. A afirmação é da coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valdenia Ferreira.
“Os bancários e suas entidades representativas precisam ficar atentos às mudanças que estão acontecendo rapidamente na sociedade. Reorganizando-se, reagrupando trabalhadores que atuam em sistema produtivo similares e criando formas de aproximação em locais cada vez mais diversos ou em home-office”, ressaltou.
Na última segunda (14), o próximo presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, que assume o cargo em fevereiro, anunciou a composição do novo comitê executivo do banco. A nova configuração extingue a figura do “vice-presidente”. Em comunicado interno, Maluhy, diz que o comitê será responsável por posicionar o maior banco privado da América Latina no processo de transformação digital.
A dirigente sindical explica que assim como o mundo todo, o Itaú também está passando por uma grande reestruturação e isso inclui até a sua estrutura organizacional. Segundo Valdenia, o desafio do novo presidente e do Comitê Executivo é aprofundar e acelerar a transformação digital.
“O Itaú anunciou recentemente que começará a migrar seus sistemas de tecnologia para a nuvem. Essa digitalização afeta diretamente a categoria bancária, principalmente na rede de agências. Os bancos vêm reduzindo drasticamente o número de agências físicas”.
A presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), Magaly Fagundes, destaca que a defesa do emprego precisa estar no centro desse processo de transformação digital. “Nossa principal defesa é que os trabalhadores e as trabalhadoras que já fazem parte do quadro de funcionários da instituição tenham a oportunidade de serem incluídos nesse processo de restruturação digital. É possível qualificar e preparar esses profissionais para essa nova era digital”, aponta.
Nos próximos dias, o banco vai apresentar para a COE um projeto piloto de como será a nova rede de agências.
Fonte: Fetrafi MG