A 23ª Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias de Minas Gerais teve início, nesta sexta-feira, 20 de agosto, com uma abertura solene que falou sobre a importância de retomar as pautas do desenvolvimento com distribuição de renda no Brasil. O evento, organizado pela Fetrafi-MG, teve debates, durante todo o sábado, 21 de agosto, sobre temas ligados à atual conjuntura, direitos dos trabalhadores, emprego e saúde.
“Temos muitos desafios pela frente. Mesmo sem negociação salarial neste ano, graças ao acordo de dois anos, estamos sofrendo intensos ataques aos nossos direitos, aos empregos bancários e à própria organização dos trabalhadores. Por isso, precisamos estar unidos e conseguiremos vencer com muita luta”, afirmou Magaly Fagundes, presidenta da Fetrafi-MG.
O presidente do Sindicato, Ramon Peres, destacou que a categoria bancária é um exemplo para todos os trabalhadores. “A unidade que temos em nossas entidades e no Comando Nacional mostram nossa fortaleza na defesa da democracia, dos direitos, de melhores condições de trabalho, do emprego e dos bancos públicos”, reforçou, chamando atenção para a importância das eleições de 2022 para a construção de um país mais justo.
A abertura também contou com a participação do presidente da CUT-MG, Jairo Nogueira, que falou sobre o atual cenário de crise, desemprego e carestia. “Precisamos deixar claro que este processo teve início em 2016, com o golpe contra Dilma, e que foi um erro a eleição de Bolsonaro. A palavra do momento é resistir. Temos obrigação de manter nossas conquistas e avançar na defesa dos trabalhadores”, afirmou.
ESPERANÇA PARA VENCER O ÓDIO
Diante do cenário de desmonte, é preciso ter esperança e ir à luta para retomar uma política de soberania e desenvolvimento social. Esta foi a mensagem deixada pela presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Não podemos olhar para o sistema financeiro sem olhar para o quadro geral. Sofremos ataques de todos os lados, com as reformas trabalhista, da previdência, administrativa. Vemos a miséria e o desemprego crescendo. A realidade é que temos um governo para poucos, que é autoritário e não trabalha para o povo”, destacou.
Sendo assim, para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças no sistema financeiro, que causam grandes impactos no trabalho bancário, é necessário discutir os rumos do Brasil. “Queremos emprego de qualidade, direitos, a manutenção da nossa Convenção Coletiva. Queremos um país sem desigualdade, sem fome e sem miséria e o caminho é estarmos preparados para o debate e esclarecermos a população. Sou otimista e acredito que cabe a cada um de nós lutar por um país melhor”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.