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MERCANTIL: ACORDO DO BANCO DE HORAS NÃO PODE RETIRAR OU FLEXIBILIZAR DIREITOS

A Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil do Brasil (COEBMB) mobilizou diversos sindicatos do país para debater a proposta de banco de horas apresentada pelo Mercantil.

O diretor do sindicato, José André, participou do debate no dia 20, representando os bancários de Uberaba. A reunião tratou ainda da extrapolação da jornada de trabalho nas agências, o fim da alta rotatividade e de garantias de segurança e emprego em todas as unidades do banco.

No último dia 11, o Mercantil enviou correspondência para a organização bancária  pressionando pela retomada de negociações para implementação do banco de horas através de acordo coletivo.

Os representantes dos trabalhadores entendem que a proposta flexibiliza direitos e pode gerar ainda mais demissões. Além disso, decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho ( TST) determina que horas extras realizadas durante a semana tenham reflexos na complementação do repouso semanal, o que torna mais vantajoso o recebimento destas horas.

Marco Aurélio Alves, coordenador nacional da COEBMB,  ressalta que os sindicatos nunca se negaram a negociar com o Mercantil ou qualquer outro banco. “Mas, de forma alguma, aceitaremos acordos com a redução e a flexibilização de direitos. Antes de qualquer acordo coletivo com o Mercantil, queremos negociar menor rotatividade, fim das demissões imotivadas, das metas abusiva e do assédio moral, melhores condições de trabalho e valorização dos funcionários e das funcionárias”, afirmou.

Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de BH e Região, ressaltou que há algum tempo, o Mercantil realizou acordos individuais de banco de horas com os funcionários e as funcionárias – sem a participação do Sindicato – e está sendo contestado junto ao Ministério Público. “Agora o banco quer impor, mais uma vez, um acordo prejudicial aos trabalhadores”.

A próxima reunião da COEBMB será realizada em 31 de maio.

Fonte: Fetrafi-MG.

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