O Itaú, que tanto prega o respeito em suas propagandas, inventou o conceito de demissão “humanizada”. Como se não bastassem as metas abusivas, fechamento de agências e assédio moral, agora, funcionárias e funcionários têm que lidar com uma nova forma de demitir, com um aviso ao trabalhador de que ele será desligado dali um tempo.
Segundo o banco, a nova modalidade foi criada para que o trabalhador não seja pego de surpresa. Porém, na realidade, a prática configura quase um tipo de tortura psicológica, em que o bancário tem que continuar trabalhando, submetido a enormes pressões e gerando resultados, enquanto sabe que será descartado em breve.
Este modelo de demissão será implementado em áreas que passarão por reestruturação, extinção de cargo ou impossibilidade de continuar exercendo a função. Cabe lembrar que o banco, só em 2022, lucrou R$ 30 bilhões às custas do esforço de funcionárias e funcionários.
“Não existe forma humanizada de um banco como o Itaú, que em 2022 lucrou mais de R$ 30 bilhões, demitir pais e mães de família que construíram seus resultados. Não existe qualquer justificativa para o Itaú demitir”, ressaltou Elaine Machado, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancária do Itaú
Com informações dos Sindicatos dos Bancários de São Paulo e Belo Horizonte.