A COE/Itaú se reuniu nesta segunda (15) com o Itaú para tratar de demissão de mais de 1.000 funcionários pelo banco. A representação dos trabalhadores cobrou informações sobre como foi feito o monitoramento aos empregados demitidos, uma vez que muitos deles disseram que trabalhavam conforme a rotina de trabalho exigia e que até teriam recebido promoções e prêmios pelos resultados obtidos. O banco se negou a rever as demissões.
O movimento sindical vai continuar com as atividades de denúncia e protesto contra as demissões e ingressará com ação na Justiça.
SINDICATO VAI ENTRAR COM AÇÃO COLETIVO CONTRA AS DEMISSÕES
O Sindicato dos Bancários de São Paulo anunciou que entrará com uma ação coletiva contra o Itaú Unibanco. A decisão foi tomada em resposta à demissão em massa de cerca de mil bancários.
O banco justificou os desligamentos pela suposta “baixa aderência ao home office”, considerado pelo Sindicato um critério extremamente questionável e uma afronta aos trabalhadores.
As demissões atingiram empregados que atuavam em regime híbrido ou totalmente remoto nas unidades do Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima. De acordo com o banco, a decisão foi baseada em um monitoramento de mais de seis meses, que teria detectado longos períodos de inatividade nas máquinas corporativas.
Para o diretor do Sindicato de São Paulo e bancário do Itaú, Maikon Azzi, o critério de inatividade é falho e desconsidera a complexidade do trabalho remoto. Ele argumenta que fatores como falhas técnicas, sobrecarga de trabalho ou a forma de organização das equipes não são levados em conta pelo monitoramento.
A presidenta da entidade, Neiva Ribeiro, foi ainda mais incisiva, classificando as demissões como um “claro desrespeito” que infringem os princípios da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Fonte: Contraf-CUT