A inflação não para de crescer, como demonstra Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,16% de setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta (8). Essa é a maior taxa de inflação para o mês desde 1994, início do Plano Real, quando o índice medido foi de 1,53%. Em 12 meses, a inflação pelo IPCA ficou em 10,25%.
No caso dos bancários, o impacto é menor porque os sindicatos conseguiram mobilizar a categoria e conquistar um acordo coletivo por dois anos que previa aumento real em 2021. Assim, a inflação de um ano passou a ser reposta nos salários dos trabalhadores bancários. A categoria, inclusive, foi uma das poucas no país que conseguiram aumento real (índice acima da inflação verificada no período). No entanto, a inflação persistente corrói o salário e prejudica todos os trabalhadores.
“É mais um resultado que mostra que o governo Bolsonaro só oferece inflação, miséria e desemprego à população. É um governo que tem ministros aplicando dinheiro em paraísos fiscais, fora do país e que despreza as centenas de milhares de mortes causadas pela pandemia que não soube combater. O presidente não tem um mínimo de sensibilidade para com a população e não faz nada para tirar o país da crise”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Em setembro, a campeã dos aumentos de preços foi a tarifa de energia elétrica, que registrou alta de 6,47% em 30 dias. Em 12 meses, a energia elétrica subiu 28,82%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em setembro. A habitação registrou alta de 2,56% no mês, o transporte subiu 1,82% e a alimentação teve aumento de 1,02%.