De acordo com os cálculos da associação dos auditores fiscais da Receita Federal, ao não corrigir a tabela do Imposto de Renda mais uma vez, o governo “confiscará” cerca de R$ 48 bilhões de trabalhadores e aposentados neste ano por meio da tributação de seus rendimentos.
Levantamento feito pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) indica que a falta de correção na tabela do Imposto de Renda (IR) faz com que os contribuintes com ganhos de até cinco salários mínimos sofram uma perda anual de mais de R$ 5 mil.
“Hoje, com esse nível de renda, nós temos cerca de 8 milhões de isentos. Com a correção integral teríamos 23,750 milhões de pessoas que não pagam o IR”, explica Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional.
“Isso significa que temos mais de 15 milhões de contribuintes que estão pagando Imposto de Renda indevidamente, porque não foi feita a correção integral pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)”, acrescenta.
A tabela de Imposto de Renda não é corrigida integralmente desde 1995, o que conduz para uma defasagem de 134,53% até 2021 pelos cálculos Unafisco. Logo, se a correção fosse feita adequadamente, quem ganhasse até R$ 53.584 por ano estaria isento.
“À medida que a tabela fica congelada mesmo que parcialmente, naturalmente, há aumento na tributação sobre a popuçação”, explica Silva. “Só em relação ao que o Bolsonaro deixou de corrigir, significa que estão sendo retirados das famílias R$ 47,7 bilhões de maneira indevida. Se fosse feita a correção integral, seriam R$ 162,7 bilhões, que estariam no consumo das famílias”, acrescenta o auditor.
Fonte: Unafisco
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