Sob a coordenação do Sindicato dos Bancários de Campinas, os funcionários da agência Costa Aguiar do Itaú paralisaram os serviços na última quarta (22), em Campinas, atrasando a abertura ao público, em protesto contra o programa de remuneração variável denominado GERA.
Durante a paralisação, diretores do Sindicato se reuniram com os funcionários e distribuíram a carta aberta intitulada “Projeto Itaú 2030 GERA abusos”, a ser divulgada também em outras agências.
Implantado neste ano em substituição ao AGIR (Ação Gerencial Itaú para Resultados), o programa GERA provocou uma verdadeira reestruturação do trabalho, aponta a carta. Além do acúmulo de funções, o programa produziu sobrecarga de trabalho dos Agentes de Negócios Caixa, assédio moral e aumento das metas. Resultado: instabilidade emocional, medo de demissão e adoecimento.
As mudanças implantadas fazem parte do chamado Projeto Itaú 2030 que, segundo a própria instituição, busca um novo perfil de funcionário. No discurso, o “Banco do Futuro” condena a discriminação, defende a diversidade e “uma mudança de cultura”.
Na prática, no entanto, compactua com a humilhação de funcionários, incluindo aqueles com mais tempo de casa, fecha os olhos para situações constrangedoras durante reuniões de avaliação, onde o desempenho de cada funcionário é exposto (o conhecido ranking, que é proibido pela Convenção Coletiva de Trabalho/CCT), dentre outras incivilidades.
Fonte: ContrafCUT