Ao longo do ano passado, o saldo de emprego nos bancos foi positivo. Entretanto, segundo o Dieese, os dados disponíveis não permitem discriminar quanto dos postos abertos nos balanços são de bancários. E quantos são de não-bancários. Isso porque as holdings incluem, no total, trabalhadores de vários outros segmentos do ramo financeiro. Entre eles, trabalhadores de TI, corretores de seguros, financiários e trabalhadores de fintechs, entre outros.
Segundo relatórios dos balanços, o saldo dos cinco bancos foi de 5.280 postos de trabalho abertos no ano. No entanto, segundo os técnicos do Dieese, analisando-se os dados do Novo Caged/MTE, o saldo do emprego bancário foi de 2.827 postos. Além disso, esse saldo considera todos os bancos do sistema bancário brasileiro.
Essa diferença talvez seja devido aos novos formatos de agências. Mais compactas e com menos pessoas no atendimento – o que na propaganda chamam de “atendimento mais personalizado e especializado”. Isso é parte de estratégias dos bancos, baseadas em “soluções digitais” para os clientes, aproveitando sua maior aceitação e utilização a partir da pandemia da covid-19. Ou seja, há muito bancário desempregado apesar do lucro dos bancos.
Fonte: Rede Brasil Atual