Mesmo com lucros bilionários, os três maiores bancos privados do país – Itaú, Bradesco e Santander – insistem em demitir bancários em meio à pandemia de coronavírus, quebrando assim um compromisso público assumido pelos mesmos no início da crise sanitária.
Diante desta postura – que desampara pais e mães de família neste momento tão delicado para o país e o mundo, além de elevar a já altíssima taxa de desemprego no país – sindicatos de bancários de todo o Brasil realizam, nesta quinta 15, Dia Nacional de Luta Contra as Demissões e em Defesa dos Empregos, com ações nas redes e nas ruas.
Os bancários de todo o país promoverão uma grande mobilização no Twitter nesta quinta 15. O tuitaço acontecerá a partir das 11h, quando os trabalhadores irão postar protestos contra as demissões acompanhados da hashtag #QuemLucraNãoDemite.
A PANDEMIA NÃO ACABOU, E OS LUCROS TAMBÉM NÃO!
A pandemia não acabou, mas o Santander demitiu mais de mil bancários em 2020. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as 427 demissões realizadas até o momento. Em Uberaba, houve demissões no Santander, Itaú, Mercantil do Brasil e Bradesco.
Por outro lado, somados, Itaú, Bradesco e Santander atingiram lucro de R$ 68,8 bilhões em 2019. No primeiro semestre de 2020, mesmo em meio à crise sanitária e econômica, somam R$ 21,7 bilhões em lucro. Já os ativos dos três bancos chegaram a R$ 4,6 trilhões, alta média de 18,6% em doze meses.
As carteiras de crédito somadas também tiveram alta, 18% em doze meses, alcançando R$ 1,9 trilhão no primeiro semestre deste ano. Somente com o que arrecadaram com prestação de serviços e tarifas cobradas dos cliente, Itaú, Santander e Bradesco embolsaram R$ 40,7 bilhões no primeiro semestre de 2020.
“Os bancos deveriam não só não demitir, como também gerar novos empregos e diminuir juros para que as pessoas possam empreender e também sair do endividamento, ajudando assim a economia a acelerar e o país a superar esta crise de forma mais rápida. Essa é a postura esperada de empresas que operam como concessões públicas e que, portanto, deveriam ter responsabilidade social, oferecendo algum retorno ao país”, enfatiza a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.
Fonte: Bancários SP