Mesmo diante do caos políticos e de todas as denúncias de corrupção contra Temer e sua base aliada no Congresso Nacional, o desmonte trabalhista avança rapidamente. O projeto passou apertado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado por 14 votos a 11. Antes de ir a plenário, irá às comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa.
“A pressão dos trabalhadores precisa aumentar”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Temos de pressionar para que o projeto não avance mais ou adeus direitos.”
As mudanças na legislação trabalhista defendidas por Temer têm apoio de banqueiros e empresários, que estão de olho no aumento dos lucros em troca da precarização dos empregos.
O relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) não acatou nenhuma emenda, com o objetivo de evitar o retorno do texto à Câmara. “Não foi feita nenhum emenda porque querem acelerar o processo conforme determinação de Temer e do alto empresariado, num trâmite que envergonha os parlamentares sérios do Senado”, critica Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A greve geral está marcada para o dia 30 de junho.