Cinco agências do Banco do Brasil em Uberaba não abriram para o atendimento público (exceto os caixas eletrônicos) nesta sexta, 29 de janeiro. A paralisação dos bancários ocorre em protesto à implantação do projeto de reestruturação do banco com fechamento de agências – em Uberaba as unidades da Abadia e Boa Vista –, demissões voluntárias e corte salarial em parte dos funcionários.
A divulgação do fechamento das agências não está sendo feito formalmente pelo banco à sociedade. As mudanças estão sendo comunicadas de forma direta aos funcionários. ”Falta transparência no banco”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba, Diego Bunazar. Há Também um processo de ameaça de transferência compulsória dos trabalhadores de Uberaba.
Na avaliação do Sindicato, o conjunto de medidas promove – na verdade – uma desestruturação do banco, servindo como um projeto de precarização da instituição, preparatório para a privatização. A estratégia seria semelhante ao que foi desenvolvido na empresa dos Correios. As medidas buscam fazer com que a população não respeite mais a empresa e deseje a sua privatização por conta da precarização do serviço e atendimento.
O movimento sindical também tem observado a redução no atendimento a pequenos produtores rurais familiares desde 2016, o que seria um crime de lesa-pátria. O Banco do Brasil está deixando de cumprir seu papel social.
REDUÇÃO DE 30% NOS SALÁRIOS E AUMENTO DAS FILAS
O Banco já iniciou a implantação de um processo em que os caixas somente serão abertos e acionados de acordo com a conveniência do banco e não da população. O novo modelo irá promover um redutor de até 30% do salário deste pessoal. Para o sindicato essa mudança na forma de atendimento dos caixas irá aumentar ainda mais as filas nas agências da instituição, já no mês de fevereiro.