Bancárias e bancários mineiros encerraram a 20ª Conferência Estadual, neste domingo, 27 de maio, com a aprovação de resoluções e propostas da categoria que serão levadas à Conferência Nacional dos Bancários. O mote deste ano foi “Todos pela Democracia, Unidade e Direitos”, destacando também a importância de discutir o cenário político nacional neste ano de eleições.
Participaram da Conferência trabalhadoras e trabalhadores das bases dos oito sindicatos filiados à Fetrafi-MG/CUT: Belo Horizonte e Região, Teófilo Otoni e Região, Divinópolis e Região, Juiz de Fora e Região, Uberaba e Região, Patos de Minas e Região, Ipatinga e Região, e Cataguazes e Região.
Durante o evento, que teve início na sexta-feira, 25, foram realizados painéis e discussões sobre conjuntura, reforma trabalhista e desafios da Campanha Nacional 2018, principalmente diante do risco de perda dos direitos já conquistados. Além disso, os participantes puderam analisar a Consulta Nacional respondida pelos bancários mineiros e traçar estratégias de luta.
“A Conferência Estadual foi mais um passo em direção à nossa Campanha Nacional 2018, que será difícil e exigirá muita mobilização. Nossos direitos e as cláusulas que já conquistamos na Convenção Coletiva de Trabalho estão em risco após a aprovação da reforma trabalhista. Por isso, é fundamental que a categoria participe da Campanha para que possamos pressionar os bancos. Nossa luta prioritária, em 2018, é pela manutenção de nossas conquistas, que são fruto de décadas de luta,”, afirmou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.
Propostas
Na plenária que definiu as propostas que serão levadas à Conferência Nacional, a ser realizada entre os dias 8 e 10 de junho em São Paulo, os trabalhadores debateram questões do seguinte temário: estratégia para a Campanha Nacional 2018, defesa da CCT, defesa da mesa única, CCT para todas e todos, defesa do emprego (fim da demissão em massa), defesa dos bancos públicos, eleições 2018, defesa da taxa negocial, defesa das homologações nos sindicatos, defesa da democracia e o combate à terceirização.
As propostas da categoria em Minas incluem a intensificação da mobilização nos bancos públicos, a luta por manutenção dos direitos, atenção à questão das agências digitais e home office, o combate ao crescente adoecimento da categoria, taxa negocial de um dia de trabalho e a luta por uma nova redação da cláusula 65 da CCT – que trata do adiantamento emergencial em períodos de afastamento por doença.
Além disso, diante do duro cenário de ameaças, os bancários defendem a politização da Campanha Nacional da categoria, com a luta por Lula livre e a conscientização da população sobre o significado da prisão do ex-presidente, o apoio a candidaturas de políticos comprometidos com a pauta da classe trabalhadora e a defesa da democracia.
Eleição de delegados e representantes
Também neste domingo, 27, foram eleitos delegados e delegadas de Minas Gerais que participarão da Conferência Nacional e indicados os representantes do estado nas comissões temáticas e comissões de empresa dos bancos.
Moção de repúdio
Os trabalhadores aprovaram ainda uma moção de repúdio à criminalização dos movimentos de luta por moradia e às ações truculentas da Polícia Militar de Minas Gerais, principalmente em relação à ocupação Carolina Maria de Jesus em Belo Horizonte.