Foi bem às vésperas do Dia do Bancário que mais uma vez a categoria escreveu novas linhas de sua história de conquistas no movimento sindical. Sábado, 25 de agosto, após dez rodadas e muita pressão na mesa de negociação, nos locais de trabalho e nas redes sociais, os bancos apresentaram proposta com aumento real para os salários e manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, para todos os trabalhadores.
“Os bancários decidirão em assembleias por todo o Brasil, nessa quarta-feira (29), se aceitarão ou não a proposta da Fenaban. Mas já nos tornamos referência de negociação, com uma proposta de acordo que superou a reforma golpista de retirada de direitos”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Todos os direitos da nossa CCT estão mantidos para todos os trabalhadores do país. Inclusive os hipersuficientes (bancários que ganham mais de R$ 11.291, 60) que, pela lei trabalhista do pós golpe estariam obrigados a negociar diretamente com os patrões, podendo perder até a PLR”, relata a dirigente.
“Os bancários estão de parabéns, pelo aniversário da categoria nesse 28 de agosto, e por toda luta que foram capazes de empreender em todos esses anos ao lados dos sindicatos, fazendo da categoria uma das mais fortes e organizadas do país”, ressalta Juvandia.
28 de agosto, dia do bancário
Uma greve histórica que durou 69 dias, em 1951, tornou-se referência para a data de aniversário da categoria bancária. Mesmo reprimidos pela polícia e boicotados pela mídia, os bancários lutavam por reajuste de 40%. A resistência foi, sobretudo, dos bancários da capital paulista, onde já se concentrava a maioria dos trabalhadores do setor financeiro. Por fim, a decisão final coube à Justiça, que concedeu 31% de aumento após rever os cálculos da inflação.
A grande mobilização de 1951 se tornou um marco na história da categoria bancária e resultou na criação de vários sindicatos pelo Brasil. Desde então, comemora-se o Dia do Bancário em 28 de agosto.
Fonte: Contraf-CUT