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CAIXA LUCRA R$ 8,132 BILHÕES NO 1º SEMESTRE

A Caixa teve lucro líquido contábil de R$ 8,132 bilhões no 1º semestre, um crescimento de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a rentabilidade ficou em 15,6%, com queda de 2,3 pontos percentuais se comparada com junho de 2018. Segundo o Banco, o aumento do lucro foi gerado, principalmente, pela evolução de 6,3% da margem financeira, redução de 12% nas despesas de PDD, e aumento de 1,2% nas receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias.

Menos empregados e mais sobrecarga

Mesmo com o ótimo resultado, em 12 meses a Caixa fechou 2.046 postos de trabalho e fechou o mês de junho com 84.378 empregados. No período foram fechadas 12 agências, 25 postos de atendimento, 63 lotéricos e 656 Correspondentes Caixa Aqui. Em contrapartida, houve aumento de 10,2 milhões de novos clientes.

“O lucro da Caixa está baseado no desmonte do banco e no aumento das tarifas. A busca pela lucratividade com perda de mercado de crédito para bancos privados e enfraquecimento do papel social do banco não serve ao povo brasileiro, dono desse patrimônio, prejudica o posicionamento de marca da própria Caixa e adoece os empregados com o aumento da sobrecarga de trabalho”, critica a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa Vivian Sá.

Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas cobradas dos clientes, o banco público cobre em 112,8% das suas despesas com pessoal.
Outros dados

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 682,4 bilhões, queda de 1,9% em doze meses e de 0,5% em relação ao trimestre anterior.

A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 7,9% em doze meses, totalizando R$ 80,7 bilhões. Já a Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-30,7%), somando R$ 42,3 bilhões.. O crédito imobiliário cresceu 3,6%, num total de R$ 452,3 bilhões, e a carteira de infraestrutura cresceu 1,2%, totalizando R$ 83,6 bilhões.

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,46%, com redução de 0,04 ponto percentual.

“O balanço evidencia a política adotada no último período pela direção da Caixa de redução do crédito, menos investimentos sociais e aumento de tarifas. Temos de comemorar que a nossa mobilização conquistou um acordo que garante participação dos empregados nos lucros e resultados. Porém, nada a comemorar quanto a perda de mercado em áreas importantes e a venda de ativos lucrativos. A Caixa que queremos e pela qual lutamos é 100% pública, fortalecida, presente na vida da população e com respeito aos empregados”, conclui Vivian.

ENTREGA DA LOTEX
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) marcou para o dia 22 de outubro mais uma tentativa de entregar a Lotex, empresa criada para administrar a comercialização de loterias instantâneas, as chamadas “raspadinhas”.

O preço mínimo para a compra da empresa é R$ 542 milhões. É a sétima vez, desde o governo Temer, que a Lotex tem o leilão para sua entrega agendado. As tentativas anteriores geraram reação dos Sindicatos dos Bancários de todo o país.

A privatização da Lotex faz parte do Programa de Parceria e Investimentos (PPI). Criado ainda no governo Temer com a finalidade de privatizar empresas e serviços públicos, o PPI usa o BNDES para a estruturação dos leilões. No dia 27 de agosto, o governo Bolsonaro ampliou a queima de estoque do patrimônio nacional ao incluir mais nove estatais no cardápio de venda do PPI.

A resolução do PPI baixou a exigência de faturamento da Lotex de R$ 1,2 bilhão para R$ 560 milhões em 12 meses, ou seja, menos da metade do exigido anteriormente. Também amplia de quatro para oito parcelas o pagamento do bônus de assinatura. As propostas devem ser entregues ao banco até 17 de outubro.

“Além de entregar a Lotex, o interesse do governo é tirar da gestão da Caixa o controle das loterias como um todo e passar para a iniciativa privada, acabando com a função social dos jogos”, afirma alerta Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Em 2017, as loterias Caixa registraram, de forma geral, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Quase metade (48%) desse montante foi destinado a programas sociais.

Os recursos são destinados à educação (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde).

“É fundamental que a sociedade e os empregados da Caixa aumentem a mobilização e a resistência contra a dilapidação deste patrimônio que fará muita falta á população, pois, se sua privatização a preço de banana se concretizar, os recursos que antes eram destinados a programas sociais serão vertidos para o lucro privado de acionistas”, alerta Dionísio.

Fonte: Bancários de São Paulo

TAGS: #Caixa Econômica

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