O ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, declarou que planeja privatizar até junho deste ano a gestão de fundos de investimento do Banco do Brasil, que hoje é feita pela BBDTVM, subsidiária integral da empresa. O processo visa formar uma nova empresa, controlada pela iniciativa privada, para gerir os ativos do BB.
Está em jogo a disputa pela administração dos ativos do Banco do Brasil, que representam hoje R$ 1 trilhão de reais, sendo a BB DTVM a maior gestora de recursos do País. A exigência para disputar o ativo é ter, no mínimo, US$ 400 bilhões em ativos sob gestão.
Os sindicatos de Bancários de todo o país defendem a manutenção da BBDTVM como subsidiária e gestora dos ativos do Banco do Brasil. “Estão matando o BB da pior forma possível, cruel e lentamente sendo sufocado. Suas principais fontes geradoras de receitas e que não demandam capital, como cartões, seguridade e DTVM, entregues numa bandeja aos concorrentes”, alerta o presidente do BB, Kleytton Morais.
BBDTVM foi eleita melhor gestora de fundos de renda fixa
A BBDTVM foi eleita esse mês a melhor gestoras de fundos de renda fixa pela Exame, tendo 5 fundos classificados como “5 estrelas”, além de receber da agência de rating Moody’s o selo de excelência.
Para a Conselheira Débora Fonseca, representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, “os funcionários do Banco sempre demonstraram extremo comprometimento e competência, estão em constante atualização e formação. Foram esses funcionários que com seu esforço promoveram o crescimento orgânico da BBDTVM até ela chegar a ser a maior gestora de ativos do Brasil, como é atualmente.”
“Num cenário em que a BBDTVM é reconhecida em tantos níveis, não parece fazer sentido colocar um parceiro no negócio. O que esse parceiro agregaria? Estaríamos abrindo mão de receita e tendo qual retorno?”, indaga Débora Fonseca.
Fonte: Bancários de Brasília