Os bancos fecharam 2.226 postos de trabalho no Brasil, entre janeiro e março de 2018, de acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). São Paulo registrou 59,2% das admissões e 49,7% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 495 postos fechados no mês. Depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, com 411 e 294 postos fechados respectivamente.
A análise revela que a Caixa foi responsável pelo fechamento de 1.268 postos nos três primeiros meses do ano, devido ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, com prazo de adesão até 5 de março. Os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba o Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.011 postos no período.
“Os bancos adoram dizer em suas campanhas publicitárias que têm responsabilidade social. Mas, continuam gerando desemprego. Além de criar um problema para as famílias dos trabalhadores, esta política prejudica o comercio e a economia de uma forma geral, uma vez que os recursos que seriam recebidos pelos bancários deixam de circular”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Com isso, deixam de cumprir seu papel social. Ao invés de contribuírem com o desenvolvimento econômico, não ajudam em nada o país a sair da crise”, completou.
Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas 2.368 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -4.594 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 2.701 postos no período.
“Demitem trabalhadores mais experientes e contratam mais jovens, que ganham menos. Com isso, promovem o achatamento salarial e aumentam ainda mais os seus lucros, que já são astronômicos”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT lembrando que os cinco maiores bancos do país lucraram juntos R$ 77,4 bilhões em 2017, um crescimento médio de 33,5%. O banco com o maior lucro em termos absolutos foi o Itaú Unibanco, com resultado de R$ 24,9 bilhões em 2017 (alta de 12%). O segundo maior lucro foi do Bradesco (19,0 bilhões, com alta de 11,1%). O banco com o maior crescimento dos lucros foi da Caixa (alta de 202,6%), chegando a R$ 12,5 bilhões. O lucro do Banco do Brasil cresceu 54,2% atingindo R$ 11,0 bilhões no ano. No Banco Santander, o resultado cresceu 35,6% e chegou a praticamente R$ 10 bilhões no ano.
As demissões sem justa causa representaram 48,0% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e março de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 44,7% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 11 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$6.595,09.
Os bancos fecharam 2.226 postos de trabalho no Brasil, entre janeiro e março de 2018, de acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). São Paulo registrou 59,2% das admissões e 49,7% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 495 postos fechados no mês. Depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, com 411 e 294 postos fechados respectivamente.
A análise revela que a Caixa foi responsável pelo fechamento de 1.268 postos nos três primeiros meses do ano, devido ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, com prazo de adesão até 5 de março. Os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba o Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.011 postos no período.
“Os bancos adoram dizer em suas campanhas publicitárias que têm responsabilidade social. Mas, continuam gerando desemprego. Além de criar um problema para as famílias dos trabalhadores, esta política prejudica o comercio e a economia de uma forma geral, uma vez que os recursos que seriam recebidos pelos bancários deixam de circular”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Com isso, deixam de cumprir seu papel social. Ao invés de contribuírem com o desenvolvimento econômico, não ajudam em nada o país a sair da crise”, completou.
Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas 2.368 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -4.594 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 2.701 postos no período.
“Demitem trabalhadores mais experientes e contratam mais jovens, que ganham menos. Com isso, promovem o achatamento salarial e aumentam ainda mais os seus lucros, que já são astronômicos”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT lembrando que os cinco maiores bancos do país lucraram juntos R$ 77,4 bilhões em 2017, um crescimento médio de 33,5%. O banco com o maior lucro em termos absolutos foi o Itaú Unibanco, com resultado de R$ 24,9 bilhões em 2017 (alta de 12%). O segundo maior lucro foi do Bradesco (19,0 bilhões, com alta de 11,1%). O banco com o maior crescimento dos lucros foi da Caixa (alta de 202,6%), chegando a R$ 12,5 bilhões. O lucro do Banco do Brasil cresceu 54,2% atingindo R$ 11,0 bilhões no ano. No Banco Santander, o resultado cresceu 35,6% e chegou a praticamente R$ 10 bilhões no ano.
Gênero
As 3.148 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e março de 2018 receberam, em média, R$ 3.445,32. Esse valor corresponde a 74,4% da remuneração média auferida pelos 3.325 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 4.239 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.718,18, o que representou 76,6% da remuneração média dos 4.460 homens desligados dos bancos no período.
As demissões sem justa causa representaram 48,0% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e março de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 44,7% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 11 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$6.595,09.
Salários mais baixos
Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra forma utilizada para aumentar os ganhos. De janeiro a março, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.054, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.615. Ou seja, os admitidos entram ganhando 61% do que os que saem.
Discriminação de gênero
A discriminação de gênero segue elevada no setor bancário. As mulheres foram contratadas ganhando em média R$ 3.445, equivalente a 74% do salário médio dos homens que começaram recebendo R$ 4.630. As bancárias demitidas recebiam, em média, R$ 5.718,equivalente a 77% do salário médio dos homens desligados que ganhavam R$ 7.467.
“A diferença salarial entre homens e mulheres torna-se ainda mais injusta quando comparamos o nível de escolaridade. Entre as bancárias, 82,5% têm curso superior, enquanto que 76,9% dos bancários têm diploma universitário, de acordo com o II Censo da Diversidade, realizado em 2014. Isso comprova que a meritocracia, tão defendida pelos bancos, não passa de discurso vazio”, afirma Neiva Ribeiro, diretor do Sindicato dos bancários de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT