O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira (13) lucro de R$ 18,162 bilhões em 2019, o que representa crescimento de 41,2% em relação ao ano anterior. O resultado teve como destaques o aumento da margem financeira bruta e as receitas com prestação de serviços nominalmente superiores às despesas administrativas.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado cresceu 3,4 pontos percentuais em doze meses, chegando em 17,3%. A carteira de crédito ampliada teve redução de 2,6% em doze meses, totalizando R$ 680,7 bilhões.
Logo após a divulgação do lucro anual, o banco anunciou também que a parcela referente ao segundo semestre de 2019 da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) será paga aos funcionários no dia 5 de março.
Ameaças
O presidente do Sindicato de Brasília, Kleytton Morais, alerta para o fato de que o BB está sendo preparado para a privatização com mudanças em sua atuação como instituição pública. “O banco está sendo desfigurado para dar lugar a uma estrutura que visa mais o lucro que o atendimento aos clientes e o cumprimento de sua função social como agente de políticas públicas”, diz ele.
Kleytton aponta como reflexos dessa moldagem do banco ao modelo privado a redução do quadro de pessoal, o fechamento de agências, a extinção de departamentos e a limitação da capacidade de fomento, entre outras implicações advindas de uma reestruturação que “conduz o bicentenário Banco do Brasil para o seu fim como instituição pública, a serviço do desenvolvimento econômico e social do país, para que passe a servir a interesses privados”.
De acordo com os dados do balanço, o banco reduziu seu quadro de funcionários em 3.699 postos de trabalho e fechou 366 agências em 2019.