Bancários do Bradesco definiram, na noite desta terça (14), a pauta de reivindicações específicas para a Campanha Nacional 2020. O Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Bradesco, realizado por videoconferência, também debateu pontos gerais da campanha, que serão apresentados na Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada nesta sexta (17) e sábado (18).
Os debates giraram em torno da garantia da mesa única de negociação, garantia do emprego, defesa da Convenção Coletiva de trabalho (CCT), defesa das empresas públicas, teletrabalho e Fora Bolsonaro.
“Mesmo sendo a primeira vez que fizemos este evento de forma virtual, o debate foi de alto nível e chegamos a uma pauta que defende o interesse de todos. Por isso, temos a certeza que hoje saímos ainda mais unidos na luta pela defesa dos nossos direitos”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresas (COE) do Bradesco.
DESEMPENHO DO BANCO
Antes do debate sobre os pontos das pautas, os participantes do evento assistiram duas palestras. Vivian Machado, economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), analisou o balanço do banco do primeiro trimestre de 2020, na comparação com o ano passado.
“O banco, apesar da queda no resultado, segue forte e dá pistas de que manterá grande parte do seu quadro em home office, apostando no digital. Importante atentar para o significativo fechamento de agências de postos e de trabalho em 12 meses e para o compromisso de não demissão durante o período da pandemia a ser verificado quando sair o balanço do semestre ao final desse mês”, lembrou Vivian.
TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO
Já Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, falou sobre a transformação da organização sindical diante dos impactos causados pelos avanços tecnológicos no mundo do trabalho. Abordou ainda os avanços da tecnologia que foram agilizados pela pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).
“Nossas tarefas agora serão enfrentar a crise atual, fazer uma boa campanha salarial e pensar os sindicatos, como instrumentos capazes de serem efetivamente escudos de proteção à classe trabalhadora e ao mesmo tempo um grande protagonista na disputa da democracia”, alertou.