Os bancários estão se juntando às demais categorias na mobilização contra a reforma administrativa proposta pelo governo por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que ataca os serviços públicos. A medida atinge e desmonta os bancos públicos.
A proposta destrói o serviço público, permitindo que as novas contratações deixem de ser feitas por concursos públicos e permite os contratos provisórios. Para o movimento sindical, a mudança trará a volta dos apadrinhamentos políticos e abre brecha para as ‘rachadinhas’, contratação mediante devolução de parte dos salários para políticos (medida ilegal e criminosa).
Os atuais servidores também são afetados pela mudança. A proposta desorganiza a carreira dos atuais servidores públicos, afrouxa a possibilidade de demissão dos concursados (inclusive permitindo mecanismos de decisões subjetivas), promove perdas de direitos e facilita a privatização dos bancos e outros serviços públicos, além de deixar incertezas no pagamento dos aposentados.
Para aumentar a mobilização, o Sindicato dos Bancários instalou outdoors pela cidade denunciando a Proposta de Emenda Constitucional e se posicionando contra o projeto de mudanças. A peça também pergunta pela posição dos deputados da cidade, que vão apreciar e votar a proposta.
“A população pode ser a grande prejudicada com a PEC 32, já que as alterações propostas vão afetar a qualidade dos serviços públicos em todos os setores oferecidos à população”, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e região, Diego Bunazar.
“Os bancos públicos lideraram o atendimento à população durante a pandemia. A Caixa, com o auxílio emergencial e o Banco do Brasil com o financiamento das pequenas e médias empresas. Isso pode ser perdido no futuro e prejudicar a população com as mudanças propostas na Constituição”, alerta Bunazar.