Bancárias e bancários da CAIXA e do Banco do Brasil de Minas Gerais realizam seu Encontro Estadual neste sábado, 14 de maio, em Belo Horizonte. Durante a abertura do evento, organizado pela Fetrafi-MG, os participantes afirmaram que 2022 será um ano de desafios na Campanha Nacional e também na defesa da democracia com as eleições gerais.
“Nossa Campanha está começando agora e é fundamental dialogar com as pessoas. Neste ano, não temos que eleger apenas um presidente, mas também deputadas e deputados que defendam os direitos dos trabalhadores e os bancos públicos” afirmou Ramon Peres, presidente do Sindicato, que participou da abertura.
CONJUNTURA
Analisando a atual conjuntura, o diretor de Seguridade da Previ, Wagner Nascimento, afirmou que, desde o golpe de 2016, os bancos públicos passaram por uma mudança radical, principalmente em relação à sua função social. Ele ressaltou que as representações dos trabalhadores têm conseguido frear algumas mudanças, mas que é preciso retirar o atual governo, que transformou o Brasil em pária internacional. “Temos um cenário que podemos reverter. As eleições de outubro vão de fato dar as condições para que possamos ter a esperança de bancos públicos melhores”, afirmou.
Já Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da CAIXA, explicou que a pandemia mostrou a desigualdade no Brasil e no mundo, assim como a importância de um Estado forte e organizado.
“Se não tivéssemos mantido um mínimo de estrutura pública, que não houve tempo para o atual governo destruir, o que seria do Brasil? O que seria dos brasileiros se não tivéssemos o SUS, a CAIXA pública para atender milhões de desamparados, o Butantan para produzir vacinas?”, questionou, destacando que a mobilização dos trabalhadores conseguiu manter as empresas públicas durante o governo Bolsonaro e que é preciso superá-lo. “Nosso futuro vai ser muito maior que o nosso presente”, concluiu.
PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS
Um dos paineis do Encontro Estadual tratou do papel destas instituições na construção de um país mais justo. “A defesa dos bancos públicos é uma luta eterna. Eles são instrumentos fundamentais para que possamos gerar desenvolvimento social, econômico e combater as desigualdades”, destacou Eliana Brasil, coordenadora estadual da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Também participou do painel o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, que reforçou que é preciso retomar o papel social dos bancos públicos, como o foco do BB na agricultura familiar. “O lucro do Banco do Brasil hoje cresce às custas da falta de funcionários, às custas dos clientes que são aqueles que mais precisam. Precisamos pensar nas políticas que queremos que os bancos públicos executem. Não adianta discutirmos, hoje, só condições de trabalho se, lá na frente, não tivermos nem BB e nem CAIXA”, afirmou.
Fonte: Bancários de BH.