O Sindicato dos Bancários de Uberaba e região teve conhecimento do falecimento de um bancário aposentado muito conhecido na região, por ter trabalhado em várias agências e unidades do Bemge e Itaú. Os amigos do bancário prepararam um texto muito especial que homenageia e conta a vida profissional do trabalhador. Acompanhe!
Daniel Oliveira e Souza entrou no banco BEMGE como continuo (hoje seria o equivalente ao menor aprendiz) aos 17 anos na agencia do Prata/MG, quando tinha acabado de se tornar pai pela primeira vez. Fez uma longa carreira no Banco BEMGE.
Do Prata, atou nas cidades o pelas cidades de Canápolis, Ituiutaba, Campina Verde, Uberaba, Conceição das Alagoas, Uberlândia, Monte Carmelo, Patos de Minas, Nova Ponte, até o processo de privatização do BEMGE. Também cumpriu missão pelas UAD’S em Belo Horizonte, Sete Lagoas, Congonhas do Campo, entre outras cidades que sua passagem foi mais breve.
Por onde passou, Daniel conquistou amigos, desde os vigilantes, superiores hierárquicos até as faxineiras, estagiários e copeiras. Amigo de todos e de todas as horas, sempre valorizou o movimento sindical, e reconheceu que foi a luta sindical que lhe permitiu continuar no Banco mesmo quando o BEMGE se tornou Itaú.
Nessa honrada carreira de bancário, pode trabalhar nos últimos anos na agencia da cidade do Prata/MG, sua terra natal e aonde iniciou sua vida profissional até o dia do seu desligamento após mais de 40 anos de serviços prestados a uma única empresa. Como excelente funcionário, recebeu todas as homenagens possíveis dessa linda trajetória, que lhe proporcionou conhecer boa parte desse país.
Daniel, foi daqueles funcionários que quase nunca faltava ao trabalho, pois sua frase predileta era: “Nunca falte, para que seu chefe não perceba que você pode não fazer falta”. Assim, foi desses homens que se orgulhou da camisa que vestiu da empresa, e ás vezes foi por isso que vestiu praticamente apenas uma, durante mais de 40 anos.
Apesar da rotina tensa de uma agencia bancária, entre metas e expediente interno e externo, ele sempre externou que os momentos mais difíceis nessa profissão, foi quando precisou informar sobre o desligamento de algum colega, por ordens que vinham de cima, o que lhe cortava a carne, porque era um homem vestido de empatia ao próximo.
Aos 64 anos, há pouco mais de 4 anos de seu último dia de trabalho no Banco Itaú da cidade do Prata, nosso querido e amado Daniel partiu para o andar superior, aonde todos nós, homens justos e honrados iremos em breve, deixando aqui nesse plano um legado de humildade, amor ao próximo, lealdade aos irmãos, aos amigos e um exemplo de pai de família infinitamente amoroso.
Á família, sobretudo nossa querida Rosângela, esposa, companheira leal e fiel desde a juventude do nosso amigo Daniel, do princípio ao fim, e seus filhos: Daniela, Dayse, Daianni e Daniel Filho, nossos sinceros sentimentos da família dos bancários.


