A Caixa Econômica Federal foi o banco mais ativo durante a pandemia do Coronavírus. Por conta da centralização do pagamento do auxílio emergencial, o banco recebeu milhões de novos clientes e foi palco de uma concentração intensa nas agências com filas em todo o país.
Com 100 milhões de novos clientes, seria esperado o anuncio da realização de novo concurso público e a contratação em massa de novos funcionários para melhorar o atendimento. No entanto, a direção do banco caminha em sentido inverso e anuncia que pretende diminuir 7 mil bancários em todo o Brasil. A saída dos funcionários seria através de um plano de demissões voluntárias (PDV).
O movimento sindical vê a medida com muita preocupação, já que contabiliza atualmente um déficit de 17 mil bancários somente neste banco. “Está muito claro para nós que as filas, o excesso de pessoas nas agências e a sobrecarga dos bancários que continuarem nas agências vão piorar. A precarização do atendimento vai aumentar”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e região, Diego Bunazar.
Para o líder bancário, a medida significará um desastre nesse momento de pandemia, uma vez que está associada à falta de perspectivas sobre concurso público e contratações. Bunazar alerta que a medida revela uma intenção do governo: “Essa medida praticamente decreta o fim do auxílio emergencial em 2021, o que é muito preocupante já que foi o benefício que manteve o comércio ativo em muitas cidades. Podemos ter uma crise social sem precedentes”.