Em negociação na terça (17), o Itaú apresentou uma proposta ruim para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024 dos funcionários. O Sindicato dos Bancários de Uberaba e região, juntamente com outros sindicatos de Minas filiados à FETRAFI-MG, é contrário a assinatura do acordo. O entendimento das entidades é que a proposta desrespeita a categoria.
A matéria publicada pelo SEEB BH e FETRAFI-MG explica bem a situação: “Até este ano, os sindicatos e o Itaú assinavam um acordo para regulamentar cada tema, como teletrabalho, ponto eletrônico e a bolsa auxílio-educação. Já o banco de horas é regulamentado, atualmente, por acordo individual sem participação do Sindicato. Porém, a partir de agora, o banco quer unificar todas estas questões em um ACT, pretendendo que propostas ruins sejam assinadas juntamente com avanços”, apontam.
Este é o caso, por exemplo, das horas extras e da validação do ponto pelos sindicatos. “Não podemos chancelar esta questão porque, infelizmente, a realidade de bancárias e bancários do Itaú é de exploração. Os Sindicatos recebem denúncias de desrespeito à jornada de trabalho, funcionários que têm que trabalhar sem bater ponto ou que registram a saída, mas permanecem trabalhando nas agências. Há, também, casos em que bancários vão trabalhar e, de repente, o gestor pede para irem embora, pois têm horas para compensar. Isto atrapalha a rotina do trabalhador que se programou para estar na unidade”, denunciou Valdenia, dirigente do SEEB BH e que participou da reunião da COE.
Apesar de alguns avanços apresentados na reunião desta terça, como o aumento na ajuda de custo do teletrabalho, assim como a inclusão da 12ª parcela anual e do Ensino à Distância (EaD) no auxílio-educação, o fato de estas propostas estarem atreladas às outras torna o ACT inviável para a assinatura.
Com informações da Fetrafi-MG e do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte