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SETEMBRO AMARELO: A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO COM A SAÚDE MENTAL DOS BANCÁRIOS

O Setembro Amarelo é uma campanha anual com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção do suicídio. No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado muito entre os jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil.

Segundo o Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), grande parte dos casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais  e, por esse motivo, a maioria poderia ser evitadas. Dessa forma é possível ter dimensão da importância não só do acesso a tratamentos psiquiátricos, mas também das informações sobre saúde mental e desmistificação dos tabus que podem envolver o tema.

Entre a categoria bancária, a gestão abusiva dos bancos, com pressão por resultados, tem gerado grande número de adoecimento psíquico. Conforme números do INSS, em 2022, em relação aos afastamentos relacionados à Saúde Mental e Comportamental, a categoria bancária foi responsável por 25% dos afastamentos acidentários (B91) e 4,3% dos afastamentos previdenciários (B-31). No entanto, a categoria representa apenas 0,8% do emprego formal.

Para o movimento sindical, a relação de trabalho imposta pelos bancos hoje está intensificando a sobrecarga de trabalho, a pressão por resultados, o que está acarretando em trabalhadores adoecidos. Cada vez mais as entidades sindicais estão lutando por um ambiente de trabalho sadio.

 

DADOS ALARMANTES

Em uma recente pesquisa da Contraf-CUT sobre Gestão e Patologias do Trabalho, realizada em 2023 por pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB), 76,5% dos 5.803 bancários ouvidos em todo o país relataram ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho. Ao todo, 40,2% estavam em acompanhamento psiquiátrico e, deles, 91,5% estavam tomando remédios controlados.

A Consulta Nacional à categoria, feita entre abril e junho/2024 ouvindo quase 50 mil bancários, mostrou que 39% dos participantes usam ou usaram remédios controlados nos últimos 12 meses, como antidepressivos, ansiolíticos e estimulantes. Em relação aos impactos à saúde das cobranças excessivas pelo cumprimento de metas, os dados mostram que:

  • 67% responderam ter preocupação constante com o trabalho;
  • 60% responderam sentir cansaço e fadiga constante;
  • 53% sentem-se desmotivados e sem vontade de ir trabalhar;
  • 47% têm crises de ansiedade/pânico;
  • 39% sentem dificuldade de dormir mesmo aos finais de semana (entre outros sintomas).

Fonte: Sindicato dos Bancários de Campo Grande

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