Os Sindicatos dos Bancários de todo o país estão protestando nesta semana nas redes sociais e nas ruas das capitais contra as reestruturações que estão sendo promovidas pelo Itaú e que resultarão em demissões.
As atividades foram motivadas contra as demissões que já vinham sendo executadas pelo banco e contra o fechamento de agências. Só em 2022, foram encerradas 211 unidades.
Os sindicatos denunciam também os adoecimentos causados pelas metas cada vez mais abusivas e pela sobrecarga de trabalho decorrente das demissões e da cobrança por resultados.
*AUTOMAÇÃO NO BANCO*
No último dia 4, o Itaú anunciou a reestruturação e automação em duas áreas: Consignado (Diretoria de Operações Centralizadas) e Veículos (Diretoria de Negócios ItauCred Veículos), ambas lotadas no Prédio do Aço, concentração na zona Sul de São Paulo.
Apenas no departamento de Crédito Consignado, em torno de 54 funcionários foram disponibilizados para realocação, e já houve ao menos sete demissões. Já a área de veículos será extinta. Neste departamento trabalham em torno de 140 funcionários. O banco deu prazo de 15 dias para os bancários do Consignado e de 60 dias para os da área de Veículos encontrarem outra vaga no Itaú.
“Estamos falando de mais de 200 trabalhadores, muitos deles pais e mães de famílias, que poderão perder o emprego em um banco que lucrou R$ 7,3 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021, e onde a sobrecarga de trabalho é a regra na maioria dos departamentos. Os bancários do Itaú estão sobrecarregados e adoecendo pela cobrança exagerada por resultados e pelo medo constante de demissão”, afirma Sérgio Francisco, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“Ou seja, não há a menor justificativa para demissões em um banco que apresenta alta de mais de 15% no seu lucro em 12 meses, e onde os bancários estão adoecendo por conta da cobrança cada vez mais abusiva pelo cumprimento de metas. Por isso, os protestos e paralisações vão continuar até que a direção do banco interrompa as demissões e aceite negociar com o Sindicato”, afirma Sérgio Francisco.
Fonte: Com informações dos Bancários SP