Em nota divulgada nesta segunda-feira, as Centrais Sindicais do Brasil apontam um outro caminho para a crise econômica do Coronavírus. A ideia principal é proteger os empregos e a renda de todos os trabalhadores para dar as condições e a segurança necessárias para que todos cumpram as medidas de isolamento e cuidados com a saúde.
Para as centrais, cuidar prioritariamente dos mais pobres e vulneráveis é tarefa do Estado e deve contar com o apoio de todos. Seria preciso instituir um Programa Emergencial que contemple:
1) Assegurar fornecimento de água, luz, telefone, tv e internet;
2) Incentivar acordos coletivos que preservem os salários e os empregos durante a pandemia;
3) Criar Fundo de Emergência para, durante a crise, garantir um salário mínimo mensal para desempregados, informais e conexos;
4) Acelerar o processo de concessão de aposentadorias, solucionando imediatamente milhões de processos pendentes;
5) Regularizar os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício Prestação Continuada;
6) Criar linhas de crédito e financiamento para os setores obrigados a paralisar suas atividades, com a contrapartida de manutenção do emprego, salário e direitos;
7) Articulação com o Congresso Nacional e todos os governadores, independentemente da filiação política e ideológica.
O movimento sindical aponta que estará junto daqueles que querem somar e compartilhar os compromissos de solidariedade com toda a sociedade, em especial com os mais pobres e desprotegidos.
“Devemos manter diálogo social permanente e estruturado, em todos os níveis, para acordar medidas, orientar atitudes e ações e propor inciativas. É hora de proteger as pessoas e de valorizar as instituições”, diz a nota.
OUTROS PAÍSES – Diversos países estão anunciando medidas econômicas que não penalizam o trabalhador a pagar pela crise. As polícias da crise mantém os empregos, colocam o Estado para pagar parte dos salários, abrem créditos para as empresas neste momento de crise, suspendem o pagamento de contas essenciais (água, luz, telefone, internet, entre outros), garantem renda mínima para os desempregados e informais.