A federação dos bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, na manhã desta segunda-feira (29), proposta de reajuste salarial de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. As regras para o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) continuariam as mesmas do acordo anterior.
Os bancários, com data-base em 1º de setembro, pleiteiam 16,45% de reajuste, que inclui reposição de inflação e aumento real.
Na rodada de negociação realizada na semana passada, os representantes do Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco e Santander, que compõem a representação da Fenaban, vinham afirmando que o setor não é o mais lucrativo do Brasil e mesmo assim paga excelentes salários, que não têm alto grau de risco para a saúde e não adoecem seus funcionários.
“Os bancos choram de barriga cheia”, chegou a criticar a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Os números não mentem.”
As negociações continuam em andamento.
A contradição entre o bom desempenho dos bancos e os argumentos da Fenaban é um dos motes do Baile dos Bancários, funk que embala as manifestações da categoria nos últimos dias e manda um “pensa que me engana” como recado. Assista.