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ATAQUE A DIREITOS, SAÚDE DOS BANCÁRIOS E DESIGUALDADE DEBATIDOS NA CONFERÊNCIA

Durante a 23ª Conferência Estadual, os bancários de Minas realizaram debates sobre os ataques aos direitos dos trabalhadores, a saúde dos bancários e a desigualdade racial. O evento é promovido pela Fetrafi-MG e ocorre virtualmente.

Saiba mais sobre os temas discutidos:

ATAQUES AOS DIREITOS

O dr. José Eymard Loguercio, advogado e assessor jurídico da Fetrafi-MG, falou das atuais ameaças aos direitos dos trabalhadores, sendo hoje uma das principais a MP 1045. Além de incluir programas que rebaixam diversos direitos, o projeto permite a extensão da jornada bancária e reduz o adicional de horas extras, tema alheio ao tratado na MP.

“As centrais sindicais se mobilizam agora, no Senado, para que se aplique o precedente do próprio STF, de que não se pode enxertar matérias que não sejam conexas ao projeto”, explicou.

O assessor técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Neuriberg Dias, destacou que a agenda do mercado foi agilizada em decorrência da possível eleição de um governo de esquerda nas próximas eleições.

“Para o setor financeiro, a retirada de direitos dos bancários e bancárias sempre foi uma prioridade. Agora há, de fato, no governo Bolsonaro, um grande alinhamento com esta pauta”, afirmou, ressaltando que é preciso manter a atenção também sobre outras propostas, como o PL 1043, que permite a abertura de agências bancárias aos sábados e domingos.

SAÚDE DOS TRABALHADORES

A saúde da categoria sempre foi pauta prioritária na luta do movimento sindical e, durante a pandemia, os problemas foram agravados. Para Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, as mudanças estruturais no mundo do trabalho, a digitalização, o home office, as metas abusivas e um governo hostil às pautas dos trabalhadores formam uma tempestade perfeita que impacta a saúde e adoece bancárias e bancários.

Em relação à Covid-19, Mauro destacou que, desde o começo da pandemia, foram cobrados protocolos de proteção aos trabalhadores, assim como a vacinação de todos. Agora, estão em negociação um protocolo único para todos os bancos e a questão do retorno ao trabalho presencial.

“Deixamos claro que não é momento para a volta. E, mesmo quando houver o retorno, deve haver critérios, realização de exame de retorno, imunização com as duas doses, ambientes adequados e atenção às sequelas da Covid. Temos que exigir responsabilidade dos bancos”, concluiu.

DESIGUALDADES RACIAIS NO TRABALHO E NA VIDA

A compreensão histórica sobre como se estruturou o racismo no Brasil é fundamental para combater as desigualdades. Tendo isto em vista, o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, falou aos participantes da Conferência sobre leis e políticas do passado, anteriores mesmo à abolição da escravidão, que trazem reflexos até os dias de hoje.

“A herança é todo tipo de mazela na educação, na segurança e no trabalho. No setor bancário, negras e negros ainda ganham, em média 28%, a menos que os brancos. Não vemos pessoas negras em cargos de diretoria. É fundamental que o movimento sindical discuta as questões raciais para debater com a população, envolvendo toda a sociedade”, afirmou.

Para Almir, houve conquistas nos governos Lula e Dilma, como a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a implantação de cotas e programas como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Porém, o atual governo vira as costas para estas questões e, por isso, é preciso fortalecer a luta antirracista.

TAGS: #Campanha Salarial

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