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SANTANDER QUEBRA ACORDO E COMEÇA A DEMITIR DURANTE A PANDEMIA

Os maiores bancos privados do país – Itaú, Bradesco e Santander – se comprometeram em negociação com os Sindicatos dos Bancários a não demitir os trabalhadores durante a crise do Coronavírus. No entanto, o espanhol Santander surpreendeu os trabalhados iniciando demissões de cerca de 20 trabalhadores no país.

Pior: Executivos do banco informaram ao jornal Folha de São Paulo que o banco tem um plano de cortar 20% do quadro de trabalhadores do banco (ou cerca de 10 mil bancários). Na reportagem publicada nesta semana, os executivos informaram que a ordem para demitir teria sido dada na semana passada e, segundo denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, os cortes estão ocorrendo sem justa causa. Só em São Paulo já teriam sido registradas 15 demissões até na sexta (5).

Durante a crise, o presidente do banco, Sergio Rial, se queixou da queda de produtividade e também pressionou funcionários a deixar o home office, mesmo com os casos de Covid-19 ainda em expansão. As atitudes do banco durante a pandemia no Brasil tem tido um forte contrataste com a maneira como o banco lidou com a doença no seu país sede, a Espanha.

Segundo levantamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, enquanto o banco seguia todos os procedimentos acordados com os trabalhadores e as orientações governamentais na Espanha, o banco já vinha descumprindo normas acordadas com o sindicato.

Aqui no Brasil, o banco já havia reaberto agências sem equipamentos necessários; fez pressão por metas com os funcionários durante a pandemia, com ameaças de demissão; não afastou todos os casos suspeitos; tem demorado a fazer higienização nos casos confirmados; e não forneceu os equipamentos de proteção em número suficiente. Situação diferente na Espanha, onde o banco cumpriu todos os cuidados, cumprindo acordos e normas.

“É lamentável que um banco que tem no Brasil o maior percentual de seu lucro, trate dessa forma os trabalhadores do Brasil. Não conseguimos entender como uma empresa age num país e muda o seu tratamento em outro. E o pior, faz acordo de não demitir e não cumpre. Estamos numa pandemia. É deplorável essa atitude e nós vamos reagir”, ressalta do presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba, Diego Bunazar.

*OUTRO LADO*
Em nota o Santander Brasil negou que tenha planos de reduzir seu quadro de funcionários em cerca de 20% do total, embora tenha admitido ter feito demissões pontuais.

No comunicado, o Santander Brasil afirmou que fez parte do movimento de empresas chamado Não Demita, mas que o compromisso valia até o final de maio.

Questionado sobre reclamações do sindicato de que o banco fez demissões desde a semana passada, o Santander afirmou em comunicado que “iniciou um processo de reavaliação do nível de produtividade de suas equipes”.

TAGS: #Saúde

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