A mesa bipartite da Saúde entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniu nesta quarta (2) e decidiu retomar o canal direto entre as partes para solucionar problemas dos protocolos para prevenção da Covid-19 no setor.
Para tanto, os sindicalistas reivindicaram que a Fenaban esclareça quais as regras básicas para os protocolos, tendo em vista que nos últimos meses houve um relaxamento nos cuidados. Também foi discutida a inclusão da categoria bancária ente os setores prioritários para a vacina contra a Covid-19, além do desconto das complementações do auxílio-doença.
A retomada do canal direto entre o Comando e a Fenaban foi decidida diante do aumento da contaminação da Covid-19 nesse final de ano, no que já está sendo chamado de “segunda onda”. Qualquer problema quanto ao cumprimento de protocolos para a proteção dos trabalhadores deverá ser encaminhado ao canal retomado para ser solucionado.
“Tudo que fizemos no primeiro semestre para a proteção da categoria foi vitorioso. Só que houve um processo de flexibilização das medidas. Houve um relaxamento da sociedade, mas também dos bancos. Agora, o nível de contaminação aumentou”, alertou o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, que participou da mesa como um dos representantes do movimento sindical.
Além da retomada do canal direto para tratar de problemas sobre a Covid-19 na categoria, também foi discutida a questão da concessão do benefício integral em casos de afastamento por doença e que tenha o reconhecimento do auxílio-doença. Os representantes da Fenaban disseram que essa discussão está sendo feita banco a banco.
“Vemos disparidades no tratamento não só entre bancos, mas em cada banco. Estão ocorrendo situações onde o trabalhador tem alta e o banco quer descontar o que antecipou e mesmo desconta antes de o trabalhador receber do INSS. Precisamos resolver essa disparidade. Outra preocupação é resgatar que o desconto da antecipação deve ser parcelado, não comprometendo mais do que 30% do salário do trabalhador”, disse Mauro Salles.
O secretário da Saúde do Trabalhador frisou que o problema é agravado porque o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está demorando a pagar o auxílio-doença. Ele defendeu que, enquanto não houver perícia e que não seja feito o pagamento pelo INSS, o bancário não deve ser descontado das antecipações.
Também foi discutida a necessidade de o governo incluir a categoria bancária entre os setores que terão prioridade para a vacina contra a Covid-19. O entendimento, tanto do Comando Nacional dos Bancários como da Fenaban, é de que a categoria é um dos setores essenciais para manter a sociedade durante a pandemia e que deve estar entre os setores que vão receber a proteção na fase inicial da vacinação.
Fonte: ContrafCUT