A 23ª Conferência Nacional dos Bancários apresentou o resultado parcial da pesquisa feita em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) sobre as sequelas da Covid-19 na categoria bancária.
A pesquisa mapeou a saúde do trabalhador bancário já acometido pela doença a fim de subsidiar os Sindicatos dos Bancários nas negociações com os bancos e para garantir a devida proteção à saúde dos trabalhadores. No questionário online, eles descreveram os sintomas e outros efeitos que permaneceram após a cura. Os dados fornecidos pelos entrevistados são todos protegidos. Somente dados totalizados é que foram divulgados.
A doutora Clarissa Lin Yasuda, médica e professora assistente de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP), informou uma parte dos resultados preliminares. A coleta de dados mostra que os sobreviventes persistem com diversas queixas.
“Sentem-se com fadiga, ansiedade, dificuldades cognitivas. Além disso, aproximadamente 30% referem-se estar com capacidade de trabalho diminuída após a infecção. Outro dado preocupante revelado são de que 31,2% dos bancários que responderam afirmam que o banco não lhe proveu assistência durante a infecção e 41,8% afirmaram que os bancos não disponibilizaram testes para Covid.
PESQUISA CONTINUA
Os sindicatos e a Contraf-CUT reforçam a importância dos bancários responderem. “A pesquisa é importante para a gente negociar. A gente conta que bancárias e bancários procurem seus sindicatos para responder essa pesquisa. Eles autorizam a divulgação dos dados gerais. A proteção da identificação está garantida”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional da categoria.