Bancárias e bancários de Minas Gerais participaram na noite desta terça (27) da abertura do Encontro Estadual dos Bancos Privados. A reunião, realizada de forma virtual, reuniu 64 delegadas e delegados inscritos através dos sindicatos da base da Fetrafi-MG.
O encontro apontou a necessidade de um debate amplo sobre estratégias para cobrar do Governo de Minas Gerais o cumprimento dos informes técnicos, números 28 e 29, do Ministério da Saúde, que determinam a destinação de 20% do total de doses distribuídas pelo Governo Federal para os bancários e trabalhadores dos Correios. A determinação vem sendo sistematicamente ignorada pelo governador Romeu Zema e é uma ameaça para toda a população.
Na abertura, o presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e Região, Diego Buzamar, denunciou que o Governo do Estado “escolhe quem vive e quem morre, quem está preparado para trabalhar e que está pronto pra morrer”. Ele propôs uma ação conjunta de todos sindicatos para denunciar o descumprimento, pelo Governo de Minas da determinação do Ministério da Saúde. “O próximo que morrer já não é mais responsabilidade do Ministro da Saúde, mas do governador Zema”.
A presidenta da Fetrafi-MG, Magaly Fagundes, lamentou a realização da atividade de forma virtual por conta do massacre promovido pela catastrófica atuação do governo genocida do presidente Jair Bolsonaro. “As trabalhadoras e os trabalhadores da categoria bancária têm adoecido em um nível muito maior de sofrimento. Todos nós temos tido experiências de perdas de familiares, amigos e colegas de trabalho vitimados pela pandemia”.
Ela ressaltou, apesar de todas as dificuldades, a atuação dos sindicatos da base da Fetrafi-MG para unir e mobilizar a categoria. “Quero agradecer a todas as companheiras e a todos os companheiros pela unidade que só é possível graças ao trabalho de cada sindicato filiado à nossa Federação”.
O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Tabatinga, afirmou que os encontros estaduais irão discutir “o futuro que os trabalhadores do Bradesco, do Itaú, do Santander e do Mercantil vão enfrentar. A pandemia trouxe para o presente o futuro”.
Ele lembrou que a Reforma Trabalhista aprovada durante o governo de Michel Temer possibilitou, por exemplo, a realização de acordos individuais com trabalhadores, o que prejudica e reduz a força de negociação de entidades representativas de classe.
“Devemos dar um passo à frente e discutir o teletrabalho antes que esse debate aconteça sem a gente – porque existe a possibilidade de negociação individual”, reforçou o dirigente nacional ao lembrar que a Contraf e o Dieese estão finalizando uma pesquisa sobre o teletrabalho na categoria bancária.
VACINAÇÃO DA CATEGORIA BANCÁRIA
Também foi debatida a necessidade de um debate amplo sobre estratégias para cobrar do Governo de Minas Gerais o cumprimento dos informes técnicos, números 28 e 29, do Ministério da Saúde, que determinam a destinação de 20% do total de doses distribuídas pelo Governo Federal para os bancários e trabalhadores dos Correios. A determinação vem sendo sistematicamente ignorada pelo governador Romeu Zema e é uma ameaça para toda a população.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e Região, Diego Buzamar, denunciou que o Governo do Estado “escolhe quem vive e quem morre, quem está preparado para trabalhar e que está pronto pra morrer”. Ele propôs uma ação conjunta de todos sindicatos para denunciar o descumprimento, pelo Governo de Minas da determinação do Ministério da Saúde. “O próximo que morrer já não é mais responsabilidade do Ministro da Saúde, mas do governador Zema”.
De acordo com o presidente do Sindicato de BH e Região, Ramon Peres, a Fetrafi-MG e o Seeb-BH encaminharam um ofício para o governador solicitando que o Estado de Minas Gerais seguisse o que está descrito na norma técnica do Ministério da Saúde em relação à prioridade vacinal da categoria bancária e trabalhadores do Correios, mas que o documento foi ignorado.
“Recebemos a resposta de uma enfermeira da estrutura do governo que mostrou completo desconhecimento das duas notas técnicas do Ministério da Saúde. A resposta dizia que seria mantida a vacinação por faixa etária e que os bancários não seriam incluídos. Precisamos definir estratégias para cobrar a responsabilidade do governador Zema”.
Gustavo Tabatinga ressaltou ainda que a vacinação prioritária dos bancários não é um benefício para a categoria, mas sim um fator de redução da transmissão para a população em geral. “A vacinação é um fator que reduz a transmissão e as internações da população já que trabalhadores assintomáticos podem transmitir os vírus nas agências. No momento em que o governo mandou a vacina para MG ele carimbou as vacinas para os bancários – justamente com a intenção de reduzir a transmissão na população em geral”.
Na quarta (28), a partir das 13hs, aconteceu o Encontro Estadual das bancárias e dos bancários do Bradesco e do Itaú. Nesta quinta (29) acontecem o Encontro Estadual do Santander e Mercantil do Brasil.
Fonte: Contraf-CUT