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EMPREGADOS APRESENTAM REIVINDICAÇÕES À CAIXA

Entidades de representação dos empregados da Caixa Econômica Federal entregaram, no dia 14/12, à vice-presidente em exercício de Estratégia e Pessoas (Viepe), Magda Carvalho, e ao diretor executivo de Pessoas (Depes), Jairo Sobrinho, algumas das demandas sobre condições de trabalho, Saúde Caixa e Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

A entrega ocorreu no primeiro dia do “Nação Caixa”, um evento nacional que reuniu o presidente, vice-presidentes, diretores, empregados “selecionados” e empresários correspondentes bancários, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“São três dos principais temas que afetam o dia a dia de trabalho dos empregados da ativa e aposentados e que fazem parte de nossa pauta de reivindicações já faz um bom tempo. Está na hora de a Caixa olhar com atenção para eles e se abrir à negociação para buscarmos uma solução”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

“Ouvimos de muitos empregados que é um despropósito que, enquanto muitos colegas não possuam local para trabalhar por causa da devolução de prédios – que teria como objetivo economizar – a diretoria da Caixa aplique os recursos do banco em um evento como este. A política de economizar proposta pela direção da empresa não pode ser seletiva, e não pode atingir os direitos dos empregados, como ocorreu na Funcef, como era pretendido no Saúde Caixa e como tentam nas condições de trabalho e na nossa promoção por mérito”, explicou o diretor-presidente da Associação de Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros.

SAÚDE CAIXA

O documento referente ao Saúde Caixa observa que, “depois de quase um ano de discussões sobre o modelo de custeio para o Saúde Caixa, os empregados da ativa e aposentados, além dos pensionistas, estão enfrentando um verdadeiro ‘apagão’ na qualidade de atendimento do plano” e que “os principais problemas enfrentados envolvem principalmente atrasos no pagamento de credenciados, aumento de descredenciamentos e o suporte deficiente da central de atendimento”.

O documento é encerrado com o pedido de “empenho dos vice-presidentes responsáveis pela gestão do Saúde Caixa, de modo que os empregados possam, novamente, ter um plano que de fato atenda às suas necessidades, e que a empresa cumpra o compromisso formalizado em Acordo Coletivo com as representações dos empregados”.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

O documento que trata sobre condições de trabalho é direcionado ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Logo no início, o texto traz informações sobre a redução da estrutura do banco.

“Conforme balanço publicado, ao final de 2018 havia na empresa 84.952 empregados e 11.409 estagiários e aprendizes, além de 3.375 agências. Já no último balanço, que traz os números de setembro deste ano, o número de empregados é 84.751, o número de estagiários e aprendizes é 7.175 e o de agências, 3.372”, informa o documento, que logo em seguida diz que o trabalho aumentou pois “o número de clientes saltou de 92,6 milhões para 145,9 milhões. A quantidade de contas na Caixa também teve crescimento expressivo, saltando de 102 milhões para 214 milhões”.

O texto observa que “após as reestruturações realizadas, a estrutura de suporte às agências não tem dado conta de suas necessidades” e que “o resultado é refletido na saúde dos empregados e na insatisfação dos clientes”, que faz com que a Caixa figure entre as instituições financeiras com mais reclamações.

As entidades dizem ainda que, nas áreas-meio, a quantidade de estações de trabalho disponíveis atualmente é menor que o número de empregados. “As decisões da direção deixaram os empregados sem ter onde trabalhar, e a alternativa apontada pela direção – que seria o teletrabalho – tem diversos problemas, como a falta de controle da jornada de trabalho, o que aumenta a sobrecarga dos colegas, prejudica sua saúde e cria uma insegurança jurídica enorme a todas as partes envolvidas. Esta situação é inadmissível”.

FUNCEF

Com relação à Funcef, o documento lembra que, recentemente, houve mudanças no estatuto da Fundação e no regulamento de um dos planos, em desacordo com o que previa o estudo vigente à época, que trouxe prejuízos para os participantes. A demora no retorno do convênio do INSS com a Caixa e a Funcef e a implementação da resolução 25 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) são outros pontos apresentados no documento.

As entidades pedem “a revisão das políticas implementadas pelos representados indicados pela Caixa na Funcef, de forma a restabelecer plenamente os direitos dos participantes da Fundação”.

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