O lucro líquido gerencial do Santander totalizou R$ 8,993 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. O valor corresponde a um crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período de 2017. Contribuíram para o resultado a maior expansão do crédito, a redução de despesas de captação e a incidência de créditos tributários no período. O lucro obtido no Brasil representou 26% do lucro global do banco espanhol nos nove primeiros meses do ano, que totalizou € 5,742 bilhões, um crescimento de 13,% em doze meses. O Brasil continua sendo o país onde o grupo tem seu maior lucro, seguido pela Espanha com 17% e Reino Unido com 14%.
“O Santander, que obtém no Brasil mais de um quarto do seu lucro mundial e tem resultados cada vez melhores, continua faturando alto às custas dos trabalhadores brasileiros, mas demitindo e pressionando cada vez mais os seus funcionários, o que afeta diretamente a saúde dos bancários”, enfatiza a dirigente sindical Maria Rosani.
As receitas com operações de crédito expandiram 20,5% em doze meses, somando R$ 41,649 bilhões, com maior expansão do saldo do crédito e maior participação dos segmentos de varejo. A carteira de crédito totalizou R$ R$ 298,433 bilhões, crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2017. Destaque para as carteiras PF (+22,6%) e financiamento ao consumo (+20,7%), originada fora da rede de agências, que somaram R$ 125,336 bilhões e R$ 47,274 bilhões, respectivamente. Grande parte da carteira de financiamento ao consumo, R$ 39,1 bilhões (88% da carteira) refere-se a financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 20,0% no mesmo período.
A carteira de grandes empresas, contudo, obteve pequena variação de 1,1% e somou R$ 89,554 bilhões.
Empregos e agências
O Santander encerrou o terceiro trimestre do ano com 47.836 empregados, um crescimento de 1.102 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2017. Todavia, este aumento se deve à incorporação dos empregados de duas empresas que prestavam serviços de tecnologia para o banco (ISBAN e PRODUBAN). Em relação ao trimestre anterior, o saldo foi negativo: 172 postos de trabalho fechados.
Em doze meses, o banco abriu 21 agências físicas, 14 delas no terceiro trimestre.
Outras receitas e despesas
As receitas de prestação de serviços e tarifas seguem em expansão. Nos primeiros nove meses de 2018, houve crescimento de 10,3%, totalizando R$ 12,544 bilhões. Este montante cobre a despesa de pessoal em 181,1%, um crescimento de 12 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
A despesa de pessoal (incluindo a PLR) somou R$ 6,925 bilhões nos nove primeiros meses de 2018, variação de 3%. Neste mesmo período, o reajuste da categoria bancária ficou em 5%.
O índice de inadimplência superior a 90 dias permaneceu estável em 2,9%. Ainda assim, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) subiram 5,3%, totalizando R$ 9,5 bilhões.
Outros números
A rentabilidade (ROAE) sobre o patrimônio do Santander no país atingiu 19,4% nos primeiros nove meses deste ano, crescimento de 3,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2017.
O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 64,824 bilhões, um aumento de 5,3%. Já o total de ativos somou R$ 769,990 bilhões, crescimento de 13,8% em doze meses.
A margem financeira totalizou R$ 31,253 bilhões nos primeiros nove meses de 2018, alta de 12,3% em doze meses, influenciada pelo crescimento do saldo médio de crédito e maior participação dos segmentos de varejo.