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LUCRO DA CAIXA CHEGA AOS R$ 4,5BI, COM FECHAMENTO DE 428 POSTOS DE TRABALHO

A Caixa Econômica Federal obteve lucro líquido recorrente de R$ 4,5 bilhões no 1º semestre de 2023, crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2022. Considerando apenas o 2º trimestre, o lucro foi de R$ 2,6 bilhões, 33,5% maior do que o obtido no 1º trimestre de 2023. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 8,24%, 1,31 ponto percentual (p.p.) menor ao longo de doze meses e 0,69 p.p. maior no trimestre.

Nos seis primeiros meses deste ano, em decorrência, sobretudo, do aumento nas receitas com operações de crédito (34,6%), o banco alcançou margem financeira de R$ 28,8 bilhões, com crescimento de 22,9% em comparação ao mesmo período de 2022. Por outro lado, houve elevação de 24,9% nas despesas de provisão para devedores duvidosos, as quais totalizaram R$ 9,7 bilhões.

“Mesmo com todos os problemas que a Caixa está enfrentando por causa de atos irresponsáveis das gestões Pedro Guimarães e Daniella Marques, as empregadas e empregados se esforçaram e contribuíram para que o banco obtivesse lucro de R$ 4,5 bilhões nestes seis meses da nova gestão. Agora, precisam ser reconhecidos pelos esforços desempenhados. Por isso, ontem mesmo, durante reunião de negociação com o banco, reivindicamos a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados)”, informou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Ao mencionar atos irresponsáveis de gestões anteriores, a representante dos empregados se referiu à oferta de crédito consignado concedida a beneficiários do Auxílio Brasil sem nenhuma garantia de retorno dos recursos emprestados, o que deixou o banco sem poder fechar novos contratos de financiamento e elevou a taxa de inadimplência da Caixa.

CRÉDITO

A Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 14,4% em doze meses, totalizando R$ 1,1 trilhão em junho de 2023. As operações de crédito comercial com pessoas físicas cresceram 9,6% no período, totalizando R$ 125,9 bilhões (ainda que tenham sofrido retração de 1,7% no trimestre). No segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 11,8% em relação ao 1º semestre de 2022, somando R$ 89 bilhões. Com saldo de R$ 682,8 bilhões e participação de 64,3% na composição da carteira do banco, o crédito imobiliário cresceu 15% em doze meses. As operações de saneamento e infraestrutura cresceram 5,3%, no período, totalizando R$ 98,5 bilhões. Com saldo de R$ 49,4 bilhões, o crédito rural apresentou o maior crescimento, de 60,5%.

“O que vemos no balanço é que o crédito tem grande destaque. Isso é ótimo, pois o banco voltou a ser utilizado para fomentar o desenvolvimento do país. Mas, no dia a dia de trabalho nas agências, sabemos que a dotação de recursos para este fim é menor do que o banco impõe como meta aos empregados”, observou a coordenadora da CEE. “Os empregados trabalham para contribuir com os resultados do banco e a melhora econômica do país, mas não podem ser cobrados por uma meta de oferta de crédito se não lhes disponibilizam recursos suficientes. E, se houvesse recursos, outros resultados poderiam ser melhores, pois os contratos de crédito acabam gerando outros negócios”, completou.

INADIMPLÊNCIA E POSTOS DE TRABALHO

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,79%, com aumento de 0,06 p.p. na comparação com o 1º trimestre e de 0,9 p.p. em relação ao 1º semestre de 2022. Segundo o balanço da Caixa, em relevante medida, esse crescimento foi consequência de evento com cliente específico ocorrido na carteira de saneamento e infraestrutura. Sem esse acontecimento, o índice teria sido de 2,46%.

Com fechamento de 428 postos de trabalho em doze meses, o banco encerrou o 1º semestre de 2023 com 86.473 empregados(as). Concomitantemente, a Caixa registrou incremento de aproximadamente 2,5 milhões de novos clientes. Isso faz com que cada empregado(a) da Caixa seja responsável por atender, em média, 1.751,7 clientes.

“Esse dado é muito importante. Reforça a sobrecarga que vemos no dia a dia de trabalho nas agências e dá respaldo às nossas reivindicações para que haja novas contratações”, disse Fabiana.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos.

Fonte: Contraf-CUT

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